Juíza ouve testemunhas do assassinato de transexual em Aracaju

Laysa foi esfaqueada no centro de Aracaju (Foto: Linda Brasil)

A juíza Aline Reis Fonseca Soares, da 5ª Vara Criminal, ouviu as testemunhas arroladas no processo judicial relacionado ao assassinato da transexual Laysa Fortuna, crime ocorrido no mês de outubro do ano passado no centro de Aracaju. Laysa Fortuna foi atingida por um golpe de faca de serra no dia 18 de outubro do ano passado e morreu no dia seguinte no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). O acusado, Alex da Silva Cardoso, foi localizado, mas logo foi liberado por um delegado de polícia e, posteriormente, retornou à prisão mediante expedição de mandado judicial.

Jéssica Taylor: dor e revolta diante do acusado (Foto: Portal Infonet)

Sete testemunhas foram arroladas. De acordo com informações da presidente da Associação de Travestis e Transexuais na Luta pela Cidadania (Unidas), Jéssica Taylor, o acusado compareceu a audiência e negou a autoria do crime. “Foi triste. Fiquei abalada, tremendo”, comentou. “Você ver uma amiga morrendo na sua frente e depois o bandido negando o crime diante de você. Foi muito difícil”, relatou. “Esperamos que ele vá a júri popular e pague pelo crime que cometeu”, desabafou.

As testemunhas que estavam presentes no momento do crime não tiveram dúvida quanto à autoria, segundo Jéssica Taylor. “Todo mundo viu que foi ele quem matou nossa amiga”, disse. A transexual Bruna Biank conversou com jornalistas antes de prestar depoimento. Ela revelou que viu a faca utilizada no crime jogada na calçada e foi ela quem fez a observação para o perito recolher o objeto. Bruna Biank diz que acompanhou todo o sofrimento de Laysa. “Eu dizia levante, amiga. Ela dizia ‘eu não tenho força’. E hoje aqui só queremos justiça”, ressaltou.

Edval Nunes: materialidade e autoria comprovadas

As testemunhas arroladas pelo Ministério Público compareceram à 5a Vara Criminal acompanhadas pelo advogado Edval Nunes, que está analisando a possibilidade de se habilitar no processo na condição de assistente de acusação representando a Unidas. Ele observou que a motivação do crime ainda não está esclarecida, mas não tem dúvida que o crime efetivamente foi cometido por Alex da Silva Cardoso. A juíza Aline Reis ainda não se manifestou sobre a questão nem publicou o termo de audiência.

por Cassia Santana

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