Liberação da vacina contra Febre Aftosa é discutida por produtores

Produtores e gestores discutem criação de fundo emergencial para tornar Sergipe área livre da Febre Aftosa sem vacinação (Foto: divulgação)

A criação de um Fundo Emergencial financiado por produtores rurais de Sergipe esteve em pauta durante um encontro nesta segunda-feira (3) na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Sergipe (Faese), que contou com a participação de gestores de órgãos ligados ao setor agropecuário, representantes de entidades e produtores.

Para que um estado se torne Zona Livre da Febre Aftosa sem vacinação são estabelecidos alguns critérios. Dentre eles, está a criação do Fundo Emergencial para indenização de produtores, caso seja identificado algum caso da doença, já que nestes casos, o rebanho terá que ser sacrificado.

O Fundo Emergencial de Defesa Sanitária do Estado de Sergipe (Fedesa/SE) está em processo de criação e esta é a última etapa para que o estado receba o status de Zona Livre da Febre Aftosa sem vacinação. Esta é uma das ações do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), que dividiu o Brasil em blocos para aplicação de várias estratégias.

Sergipe está no bloco IV, que é presidido por Amarildo Merotti. Ele também é vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato). Durante o encontro, ele destacou a importância de Sergipe no cenário nacional e reforçou a necessidade da contribuição do produtor rural.

“Viemos conscientizar, mostrar que os problemas que vocês têm, são as dificuldades de todos, e que com empenho o estado vai avançar para nova fase, falta pouco”, afirmou.

O presidente da Faese, Ivan Sobral, pontuou que esta é a última etapa, o que mostra que o estado tem condições de atender a todos os critérios para se tornar área livre da Febre Aftosa sem vacinação.

“Já avançamos bastante. Cumprimos todas as recomendações sanitárias, e agora, precisamos da contribuição dos produtores rurais para o fundo, que vai trazer melhorias nas condições de exportação, valorização do rebanho, redução de custos, simplificação dos processos de comercialização, além do principal benefício: a redução de custos com a aquisição da vacina e o manejo do rebanho, duas vezes ao ano”, disse Ivan Sobral.

O presidente da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário do Estado de Sergipe (Emdagro), Gilson dos Anjos, também lembrou que o estado atendeu às exigências do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), entre elas, a de vacinar na última campanha mais de 90% do rebanho de Sergipe.

“Vacinamos 94,32% do nosso rebanho, agora, vamos à criação do fundo emergencial. É hora de discutir e preparar os produtores para um novo cenário, que também vai precisar de constante vigilância, mas com menos custos”, falou.

O gerente executivo do Fundo Emergencial de Saúde Animal do Estado do Mato Grosso (Fesa), Juliano Ponce, apresentou, durante o encontro, a experiência que os produtores rurais do estado tiveram durante o processo de criação.

“O nosso fundo está em operação há 13 anos. No começo nunca é fácil, mas nós conseguimos avançar. O fundo é fundamental para deixar o sistema de vigilância robusto. Só existe um caminho: a criação do fundo. Ele vai dar celeridade e solução em situações emergenciais e nós mostramos como é possível fazer isto”, destacou.

O superintendente do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em Sergipe, Jonielton Dantas, também participou do encontro e disse que o órgão está empenhado na sensibilização dos produtores para que Sergipe se torne zona livre da Febre Aftosa sem vacinação.

“É bom para todo mundo. As experiências exitosas expostas hoje aqui, nos dão ótimas referências. Vamos continuar buscando o que for necessário para que que Sergipe receba o novo status”, disse.

O produtor Gustavo Barreto, se comprometeu em levar as informações que recebeu durante o encontro para outros produtores. Segundo ele, todos precisam entender a importância desse novo status.

“Toda uma cadeia produtiva é impactada, portanto, todos que estão envolvidos precisam estar cientes. Vou contribuir com o fundo, porque sei da sua importância. Enquanto produtor fico muito satisfeito de ver o empenho das equipes que trabalham para que Sergipe seja Zona Livre da Febre Aftosa”, finalizou.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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