Natal sergipano poderá ser tímido nesse ano

O mês de dezembro já começou e com ele a esperança do comércio de que as vendas melhorem. Esse mês representa, como se sabe, mais de 20% das vendas totais do ano, daí a esperança de todo comerciante. Mas, parece que este ano a coisa não vai ser bem assim. Os próprios comerciantes e industriais estão às voltas com pagamentos resultantes do dissídio coletivo assinado em outubro, com retroatividade a 1º de maio e que deve ser pago na folha de novembro. A coisa está tão feia que os comerciantes estão pondo fé no final da greve dos previdenciários e dos professores universitários. O Estado vai pagar o 13º até o próximo dia 14 – a prefeitura deve pagar a partir do dia 10 – mas a incógnita está na municipalidade. Nem todas as prefeituras vão puder pagar o 13º ainda dentro do mês de dezembro e há outras que sabem que só vão puder honrar o compromisso a partir de janeiro, quando recomeçarem as cobranças do IPTU. Ou seja, a coisa realmente está feia…
DECORAÇÃO – A capital sergipana também está feia, por conta do racionamento de energia – que levou o País a um PIB mínimo de apenas 2% no último trimestre – que impediu o início da montagem das decorações natalinas. Aquelas que começaram estão demasiadas tímidas, o que quer dizer que a cidade terá um Natal quase às escuras. Embora ainda não esteja definido, é bem possível que nem a árvore de Natal da Energipe seja instalada este ano. O Governo comprometeu-se a doar a área, dotá-la de estrutura, deixar segurança e fiscalização permanentes, alugar geradores e ainda fornecer o combustível. Mas, a Energipe ainda quer lâmpadas e toda a estrutura da árvore. Parece piada, mas é verdade. Aqui e ali pode se ver algumas poucas ornamentações tipicamente natalinas mas, o ano passado, por essa época do ano, a cidade já tinha um colorido diferente por causa do Natal. Não, não foi você, nem o Natal que mudou, mas sim o racionamento que impôs um sistema de vida inteiramente diferente no País.

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