Os rodoviários vão voltar a receber o ticket alimentação de forma escalonada a partir de março. De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), o valor será de R$ 250 até agosto e, em setembro, o valor aumentará para R$ 320. A garantia do benefício segue pelos próximos três anos com aplicações de novos reajustes.

O acordo foi firmado entre o  Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Aracaju (Sinttra) durante uma audiência mediada pelo MPT, que aconteceu na manhã desta sexta-feira, 26, de forma remota. No acordo, também ficou decidido que a assistência médica para os rodoviários permanece garantida.

Segundo o MPT, em março de 2022, o valor do ticket alimentação vai para R$ 420, e os rodoviários terão um reajuste salarial previsto de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Em setembro de 2022, o ticket aumenta para R$ 520, chegando a R$ 600 em março de 2023, quando também será analisado um novo reajuste salarial.

Entenda

Rodoviários fizeram protestos em avenidas e terminais de integração da capital na sexta-feira, 19. A categoria reivindicava o retorno do pagamento do ticket alimentação, protestava contra a extinção da função de cobrador e pedia a manutenção do plano de saúde, assim como a concessão de reajuste salarial.

O Sinttra disse que não teve relação com os atos, mas revelou que aprovou o indicativo de greve durante uma nova assembleia realizada no mesmo dia. No mesmo dia, oTribunal Regional do Trabalho (TRT da 20ª região) determinou que os rodoviários mantivessem 70% do efetivo, por se tratar de um serviço essencial. 

Na audiência de conciliação realizada pelo Ministério Público do Trabalho no último dia 22, nenhum novo passo foi dado em relação à situação dos rodoviários em Aracaju. Porém, nesta sexta-feira, 26, após uma nova audiência com o MPT, o acordo da volta do pagamento do ticket alimentação foi firmado e os rodoviários vão começar a receber o benefício a partir do próximo mês de março.

Por Isabella Vieira e Verlane Estácio com informações do MPT