Polícia Civil descarta suspeita de sequestro de adolescentes

A Polícia Civil descartou a hipótese de sequestro das duas adolescentes e da jovem de 18 anos que participaram de uma festa no conjunto Bugio, em Aracaju. Apesar disso, a suspeita de estupro ainda é investigada. As três passaram por exame no Instituto Médico Legal (IML) na terça-feira, 18, para constatar ou não o crime.

De acordo com a delegada do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) Annecley Figueiredo, as pessoas que participaram do evento serão intimadas a prestar depoimento. Há informações de que a festa teria sido organizada por uma rede social.

Até o momento, a adolescente de 16 anos não foi ouvida pela delegada. “Ela estava muito nervosa, com dores de cabeça e febre”, informou o conselheiro do 5º Distrito Cícero Hugo. Além dela, a outra adolescente prestará novo depoimento. Segundo o DAGV, as versões dos fatos são contraditórias, já que cada uma conta a história de um modo diferente, como número de suspeitos pelo abuso e local onde o crime teria ocorrido.

Acompanhamento psicológico

Uma equipe do Conselho Tutelar do 5º Distrito está acompanhando o caso desde o início. Segundo Cícero Hugo, as meninas serão acompanhadas por psicólogos. “Iremos enviar os procedimentos à justiça e encaminhar as adolescentes para acompanhamento psicológico”, disse.

A conselheira Silvana Santos também faz parte da equipe. Segundo sua avaliação, apenas o inquérito policial poderá esclarecer o que, de fato ocorreu. “Elas foram encaminhadas à Maternidade Nossa Senhora de Lourdes para tomar remédios para evitar doenças sexualmente transmissíveis e uma gravidez indesejada. Esse é o procedimento padrão do conselho quando há abuso ou suspeita. Após a prevenção, o IML faz coleta de materiais para comprovar ou não o abuso”, explica a conselheira.

Entenda

As três estavam desaparecidas desde a tarde do último sábado, 15, quando saíram de casa para uma festa no Conjunto Bugio, em Aracaju. Dois dias depois, elas reapareceram e se apresentaram espontaneamente à Polícia Civil, por familiares e pelo Conselho Tutelar.

por Jéssica França