Polícia desvenda morte de advogado

Alexandre Maciel morreu após acidente / Foto: Arquivo
A morte do jovem advogado Alexandre Maciel foi desvendada pela polícia civil. O advogado morreu em setembro do ano passado após sofrer um acidente na rodovia Lourival Batista.

De acordo com Eurico César, delegado responsável pelo caso, após a ocorrência foi instaurado um inquérito por conta da suspeita de crime de homicídio doloso e se chegou a Gilson de Jesus, condutor do caminhão que matou o advogado. “Foi aberto o inquérito e dado início as investigações com diligências na região e no local onde o advogado foi encontrado sem vida. Foi feita, também, a ouvida das testemunhas”, explicou o delegado.

“Após as investigações, chegamos ao motorista do veículo que atropelou a vítima. Depois das declarações das testemunhas e o depoimento do motorista foi constatado que foi um acidente e não um crime de homicídio” complementou. Segundo depoimento do vaqueiro do advogado, Alexandre costumava  a andar de cavalo em volta de sua propriedade que margeia a rodovia.

No dia do acidente, ele resolveu fazer o trajeto em um cavalo que havia sido adquirido há pouco tempo e não estava totalmente adestrado. “Gilson disse que vinha conduzindo o caminhão na rodovia e observou o advogado galopando às margens da via. Quando o veículo se aproximou o animal assustado foi ao encontro do caminhão, causando o acidente”, detalhou Eurico. Gilson responderá pelo crime de omissão de socorro em liberdade pelo fato de ser um crime de pequeno potencial. Para isso foi lavrado um termo de ocorrência circunstanciado (TOC).

Favorecimento pessoal

O dono do caminhão, Arivaldo dos Santos, foi, também, convocado pela polícia para prestar depoimento. De acordo com o motorista do veículo, após o fato o seu patrão foi até o local do acidente para observar o que havia acontecido, não prestando informações aos socorristas e policiais que estavam no local.

Ele ainda deu férias de quatro meses a Gilson e guardou o veículo danificado em sua propriedade, alegando que não tinha dinheiro para fazer os reparos. Contra ele foi instaurado um termo de ocorrência circunstanciado (TOC) por favorecimento pessoal. Ele, também, responderá em liberdade.

Mais detalhes sobre o caso serão passados em coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira, 25, na sede da SSP.

Histórico

O advogado, que era integrante da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SE, foi atropelado enquanto cavalgava na Rodovia Lourival Batista, no município de Itaporanga D´Ajuda, distante 29 quilômetros da capital sergipana. Desde o ano passado que a Polícia Civil investiga a suspeita do atropelamento ter acontecido de forma criminosa.

Por Kátia Susanna

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