Policiais civis fazem ato e não descartam paralisação no São João

A mobilização desta quarta-feira foi em frente ao Palácio dos Despac (Foto: Portal Infonet)

Cumprindo a última etapa de um cronograma de mobilizações que compreendia três atos públicos em frente a órgãos ligados ao Governo de Sergipe, os policiais civis de Sergipe se manifestaram na manhã desta quarta-feira, 19, com um café da manhã e palavras de ordem em frente ao Palácio dos Despachos, para cobrar do governador um diálogo com o intuito de acatar as pautas demandadas pela categoria que incluem reposição salarial e reestruturação dos cargos que integram a base da Polícia Civil.

Um café da manhã foi feito pelos servidores para dar início á mobilização. (Foto: Portal Infonet)

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol), Adriano Bandeira, alerta para a necessidade que a categoria está enxergando em radicalizar as cobranças, agora com a possibilidade de uma paralisação que pode ocorrer durante os festejos juninos. “Até sexta-feira à tarde a categoria vai se reunir e decidir para um ato mais gravoso, a exemplo de uma paralisação no período junino. Não posso definir agora porque essa será uma decisão coletiva e ainda torcemos que o Governador seja sensível, já que essas pautas já foram discutidas com ele”, ressalta o presidente.

Apesar do aceno à paralisação, Adriano afirma que está na expectativa por um diálogo com os membros do Governo. “A falta de uma conversa até sexta-feira culminará na decisão dos servidores em implementar uma nova fase de mobilizações mais fortes.”, explica.

Após a mobilização da categoria realizada em audiência pública na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) na segunda-feira, 17, o governador de Sergipe informou que receberia os policiais civis, mas que ainda não havia definido uma data específica para o diálogo.

Paralisação de plantões

Na última assembleia da categoria, realizada na quinta-feira, 6 de junho, os policiais já haviam deliberado pela paralisação inicial dos plantões de fim de semana alegando que o percentual de 4% da despesa pessoal da Secretaria da Segurança Pública (SSP/SE), para o pagamento das horas extras por meio do Retae, teria sido ultrapassado e isso poderia culminar na geração de um impedimento para o pagamento correto dos valores nos meses seguintes.

Conforme Adriano Bandeira, os agentes decidiram que não farão mais horas extras nas delegacias e que vão lutar pela incorporação do valor no próprio subsídio. “Isso significa que o trabalho em muitas delegacias plantonistas e especializadas será prejudicado, tendo em vista que atualmente são as horas extras trabalhadas que seguram o funcionamento da Polícia Civil. Não há efetivo suficiente para a demanda e o policial civil não vai trabalhar a mais, em seu horário de folga, sem ser compensado financeiramente de maneira devida”, indicou Bandeira à época.

por Daniel Rezende

 

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