Quadrilha movimentou mais de R$ 2 milhões em produtos roubados

A polícia contou todos os detalhes da operação Fotos: Portal Infonet
Uma investigação iniciada no mês de novembro terminou na madrugada desta sexta-feira, 14, na desarticulação de uma quadrilha especializada em roubo e receptação de cargas. De acordo com a delegada do Departamento Especializado em Crimes Contra a Ordem Tributária e a Administração Pública (Deotap), Daniele Garcia, a quadrilha é uma velha conhecida da polícia. “Parte dessa quadrilha foi presa em 2005, durante a operação da máfia dos combustíveis”, salienta a delegada.

Danielle Garcia destaca que as investigações foram iniciadas após a Polícia Rodoviária Federal ter feito um levantamento baseado em informações do Ministério da Justiça dando conta de que transportadores de Minas Gerais e São Paulo não estavam passando por Sergipe com medo de que a carga fosse roubada.

A delegada conta que foi realizada uma busca minuciosa através do Departamento de Inteligência

A delegada diz que a quadrilha vendia os produtos no Estado de Sergipe
da Polícia Civil no comércio de Cristinápolis onde grande parte de produtos roubados foram encontrados. “Muitos comerciantes honestos ajudaram a polícia na investigação porque existia um prejuízo para o comércio da região”, afirma.

O delegado do Complexo de Operações Especiais (Cope), André Baronto, lembra que a carga de cosméticos encontrada no dia 27 de março desse ano tem relação com a quadrilha. “O homem que guardou os produtos na casa da mulher, foi preso nessa operação. Ele é conhecido como “Sapo”, e se chama Jilmar”, conta o delegado.

Presos

Os 16 presos foram identificados como Joelmo Guilherme do Santos, Júnior Guilherme dos Santos, vulgo “Júnior”; Jilmar Guilherme dos Santos, vulgo “Sapo”; Jivanildo Guilherme dos Santos, vulgo “Pinho”; Joaldo Alves da Silva, Moisés Santos Lima, José Arnaldo Carlos de Aquino, vulgo “Naldinho”;Gustavo dos Santos, vulgo “Nego Chapa”; Raimundo Conceição Santos, vulgo “Neguinho”; Ricardo dos Santos Lima, Rodrigo dos santos Lima, Marcos Correia Santos, vulgo “Marquinhos de Cosme” e Joélio Alves da Silva, vulgo “Galego”. O único preso no município de Umbaúba foi identificado como José Laércio Meneses.

Bahia

A quadrilha atuava vendendo parte da carga de produtos que incluía alimentos, vestuário, produtos eletrônicos e de higiene, além de outros, principalmente no município de Cristinápolis, mas como o município é fronteira a carga também era repassada para cidades da Bahia. A delegada Danielle Garcia disse que a grande quantidade de material apreendido assustou os policiais. “Encontramos uma quantidade de produtos muito grande, estamos até com dificuldade para guardar todo o material”, observa Garcia, ressaltando que a polícia já identificou o cabeça da quadrilha.

“O cabeça foi identificado como Marcos, conhecido como Marquinhos de Cosme, além dele ter certa influência junto a quadrilha ele tem um patrimônio com casas e carros, sem ter uma renda fixa. A esposa dele também possui um pequeno comércio, onde encontramos material roubado”, diz.

Quadrilha

A polícia já sabe que a quadrilha atuava de várias formas. Segundo a polícia alguns tombamentos eram provocados para facilitar o saque de cargas. Os criminosos costumavam colocar sabão ou óleo na pista para provocar o acidente. Além disso, a quadrilha costumava aliciar motoristas para que eles vendessem a carga fechada e prestassem boletim de ocorrência em outros Estados. Essa pratica dificultava a identificação dos bandidos.

Por Kátia Susanna

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