Secretaria da Assistência lança Cartilha Aracaju sem Racismo

(Arte: Guilherme Menezes)

A Prefeitura de Aracaju, por meio da Diretoria de Diretos Humanos (DDH), setor vinculado à Secretaria Municipal da Assistência Social, lançou no site institucional, a Cartilha do “Aracaju sem Racismo”, cumprindo uma das metas previstas pelo projeto, cujo foco é combater o racismo institucional contra a população negra da capital sergipana.

O projeto “Aracaju sem Racismo” consiste numa série de ações de enfrentamento ao racismo institucional e à violência contra a população negra, especialmente a juventude, e a construção de ações afirmativas étnico-raciais nas áreas sociais da administração pública.

A realização do projeto está sendo possível devido à captação de recursos conquistados por meio da aprovação do projeto “Fortalecendo a Igualdade Racial”, proposto pela Gerência de Igualdade Racial da DDH ao edital para o Fortalecimento do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), do Ministério dos Direitos Humanos (MDH), em 2018. A iniciativa possibilitou à capital sergipana ter acesso prioritário aos recursos do governo federal destinado para a execução, de forma descentralizada, de ações afirmativas e de políticas públicas de fortalecimento e promoção da igualdade racial em Aracaju.

De acordo com o diretor de Direitos Humanos do Município, Ilzver Matos, a Cartilha é uma das quatro metas do projeto. Sua produção e distribuição é uma convocação a todos os servidores e servidoras da atual gestão a refletirem sobre o racismo, como ele deve ser identificado e, principalmente, enfrentado.

“O racismo impacta negativamente na oferta dos nossos serviços públicos à população negra, que é mais de 80% dos habitantes da capital. Ciente disto, a administração municipal faz esta ação educativa interna, permitindo que, através de uma linguagem objetiva e didática, com o uso do nosso ‘sergipanês’ como estratégia de comunicação com o público-alvo dela, toda a sua estrutura possa se comprometer com as mudanças urgentes que precisam ser implementadas em nossos serviços para combater o racismo”, detalha Ilzver.

Dentre as metas, também foi realizada, em formato online, o “Curso de Formação em História Africana, Afro-brasileira e Afro-Sergipana” para professores da rede municipal de ensino, com carga horária de 80 horas. As 20 “Oficinas de Sensibilização e Formação sobre Racismo Institucional”, envolvendo trabalhadores do município, com carga horária de 30 horas previstas, e as 15 “Oficinas de Formação em Produção Audiovisual” para jovens negros de quinze bairros de Aracaju, divididos por localidade, com carga horária de 30 horas – estas em andamento.

Inicialmente, a Cartilha ficará disponibilizada no site. Depois, haverá a impressão de cerca de dois mil exemplares que serão distribuídos para todas as secretarias municipais, assim como em escolas públicas municipais, bibliotecas, teatros, e outros ambientes públicos como estratégia de sensibilização da população. Além disso, a Cartilha será utilizada em todas as metas posteriores do projeto, como subsídio para realização das ações.

Contendo 15 páginas, o produto reúne informações com dados sobre o racismo em Aracaju e no Brasil, quais os diferentes tipos de racismo, termos racistas, alguns testes interativos para saber se o leitor já praticou um ato de racismo, apresenta as personalidades negras sergipanas e aracajuanas, além de orientações sobre como proceder ao sofrer ou presenciar um ato de racismo.

Com a proposta de aproximar o leitor da Cartilha, criando um sentimento de pertencimento entre o leitor e o tema, são utilizadas expressões lingüísticas tipicamente sergipanas escritas em formato de xilogravura, característica da literatura de cordel, trazendo o símbolo étnico africano como ilustração.

Como acessar

Para acessá-lo, basta entrar no site da Prefeitura, no endereço eletrônico www.aracaju.se.gov.br, ir até a opção “Secretarias”, escolher “Assistência Social”; no canto direito da tela, basta clicar na aba “Projeto Aracaju Sem Racismo” e, por fim, acessar a “Cartilha”. Ela está disponibilizada gratuitamente para download ao público e para o desenvolvimento de atividades de sensibilização e formação sobre o racismo.

Fonte: PMA

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