Seminário na Polícia Militar discute racismo, violência e intolerância religiosa

O seminário acontece até a próxima sexta-feira, 13 (Fotos: Portal Infonet)
Como forma de interagir com os diversos grupos religiosos teve início na manhã desta terça-feira, 10, o I Seminário em Defesa da Vida: “Contra o racismo, intolerância religiosa e a violência policial” promovido pela PMSE, Sociedade Omolàiyé e Ilê Axé Abaçá Bagan Iyangangá. O evento que acontece entre 10 e 13 de agosto no auditório do Quartel Central Geral (QCG) no Centro tem o objetivo de estabelecer um contato mais próximo entre a Polícia Militar e os diversos segmentos religiosos existentes.

De acordo com o coronel Ornellas, da PM, esse seminário vem quebrar um paradigma para a força policial. “Para nós é extremamente importante, pois para a Polícia Militar vai ser um marco histórico de mudanças. Mostra a importância da cultura negra e mostra como e quem a polícia deve proteger de forma geral, que é a população sem nenhuma distinção” fala.

O Seminário procura discutir temas sobre a segurança pública, as relações raciais e a intolerância

Da esq. para dir.: Martha Sales, Sônia Oliveira e Jane Lúcia representantes de matrizes africanas
religiosa, focando os problemas da discriminação, do preconceito e dos estereótipos existentes, propondo um debate em prol do respeito às diferenças, independente da etnia ou fé professada e voltado para a adoção de uma postura a favor da vida, contra a violência, na construção de uma cultura de paz.

Segundo a representante do terreiro Ilê Axé Abaçá Bagan Iyangangá, Jane Lúcia Iyalorixá, as religiões de matriz africana ainda são muito discriminadas no Brasil. “Existe um preconceito em relação às religiões de cunho africano, pois relacionam à macumba, mas esperamos que esse seminário contribua para a diversidade religiosa porque nosso objetivo principal é a paz”, afirma.

Por Bruno Antunes

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