A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) ainda não explicou as circunstâncias da morte do designer de interiores Clautenis José dos Santos, 37, atingido por tiros durante uma operação policial realizada na noite da segunda-feira, 8, no bairro Bugio, em Aracaju. No final da manhã desta terça-feira, 9, a cúpula da SSP reuniu jornalistas para informar que o caso será investigado, de forma transparente e rigorosa, pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), com acompanhamento da Corregedoria da Polícia Civil. O Ministério Público Estadual cobra investigação da conduta dos policiais envolvidos na operação.
O delegado-geral em exercício, Jonathas Evangelista, informou que aquela ação da Polícia Civil teve início com uma informação sobre o roubo de um Corola que teria ocorrido no bairro Bugio. Conforme Evangelista, os três policiais que estavam no plantão noturno na Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos saíram para investigar o caso no Bugio. “No retorno, por conta de investigações em andamento de roubo a motorista de aplicativo, eles [os policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos] resolveram abordar o veículo. E, na abordagem, infelizmente, aconteceu o fato”, narrou o delegado-geral na coletiva.
Mas as circunstâncias desta abordagem que culminou com os disparos de arma de fogo que atingiram e mataram o designer ainda não foram esclarecidas. Segundo a delegada Tereza Simony, do DHPP, há várias versões nos depoimentos prestados por cinco pessoas que deverão ser confrontadas nas investigações.
Para a delegada, ainda é prematuro, afirmar o que efetivamente aconteceu naquela abordagem policial que culminou com a morte do designer de interiores. Mas ela descarta erro na ação policial. “Não é tratado como erro. Estamos averiguando. Os policiais estavam em serviço em uma missão, checando uma informação de um veículo roubado nas imediações do Bugio e, no momento, houve a abordagem”, destacou.
A delegada Érika Magalhães, corregedora da Polícia Civil, informou que está acompanhando as investigações que estão sendo conduzidas pelo DHPP. Mas, conforme frisou, havendo indícios de que houve “qualquer tipo de abuso”, a Corregedoria Geral da Polícia abrirá procedimento específico para analisar a questão disciplinar.
por Cassia Santana
A matéria foi alterada às 19h17.
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