A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) anunciou nesta segunda-feira, 7, que a vazão na Hidrelétricas de Xingó deverá começar a sofrer redução a partir da próxima quinta-feira, 10. A vazão atual na hidrelétrica é de 4mil m³/s e deverá reduzir para 3.500mil m³/s na quinta.

Segundo a companhia, até sábado, 12, a vazão terá reduzido 1mil m³/s, estabilizando em 3mil m³/s. E esse patamar perdurará até uma nova avaliação.

“A redução se dá devido a diminuição na incidência de chuvas no alto São Francisco e da necessidade de manutenção dos níveis dos reservatórios na Bacia do São Francisco, diante da aproximação do final do período úmido, entre final de abril e início de maio”, afirmou a Chesf.

Entretanto, a companhia ressaltou que a situação hidrológica da Bacia do São Francisco (e demais bacias onde possui Usinas e reservatórios) é permanentemente monitorada, e poderá haver alterações das vazões conforme as necessidades de geração de energia apresentadas pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) ou a alteração dos volumes pluviométricos nas regiões.

Além disso, mais uma vez chamou a atenção para a importância da não ocupação das áreas no leito do Velho Chico, devido ao aumento no nível do Rio, durante o período úmido.

A cheia

O aumento da vazão está ocorrendo desde o dia 12 de janeiro, por solicitação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que declarou regime de cheia na Bacia do Rio São Francisco em virtude das fortes chuvas que ocorreram em Minas Gerais. Em Sergipe, 13 municípios estraram em alerta: Amparo do São Francisco, Brejo Grande, Canhoba, Canindé do São Francisco, Gararu, Ilha das Flores, Nossa Senhora de Lourdes, Neópolis, Poço Redondo, Porto da Folha, Propriá, Santana do São Francisco e Telha.

No dia 21 do mesmo mês, o município de Telha registrou os primeiros transtornos causados pela cheia do rio. Alguns bares e restaurantes ribeirinhos, além de residências, foram invadidos pela água. Quatro dias depois do ocorrido com os municípios sergipanos, a Chesf anunciou que a vazão continuaria com o mesmo patamar até o dia 1º de fevereiro, mas como não havia tido baixo nos índices pluviométricos até essa data, a companhia estendeu até o dia 28 de fevereiro, após sete dias a mais que o esperado (7 de março) a companhia anunciou a previsão da redução da vazão.

Por Luana Maria e João Paulo Schneider