O pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), Luiz Antônio, usou as redes sociais nesta terça-feira, 13, para se pronunciar, pela primeira vez, sobre as acusações de assédio direcionadas a ele e ao seu filho, que foram formalizadas no Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) no dia 18 de março deste ano, por uma organização que reuniu depoimentos de algumas vítimas.
Emocionado, em seu pronunciamento, o pastor relembra os momentos em que esteve internado e acometido pela covid-19 e descreve como foi saber das acusações que pesavam sobre ele e seu filho. “Enquanto eu estava na UTI lutando contra a covid-19, eu e meu filho, estávamos sendo atacados com acusações absurdas. E quando eu saí do hospital, mesmo estando ainda em estado de recuperação, como ainda me encontro, e sem autorização médica para voltar completamente a todas as minhas atividades pastorais, eu me calei”, desabafou.
Ainda em seu pronunciamento, o pastor afirma que o motivo pelo qual quebrou o silêncio após cerca de um mês desde o início das denúncias, foi o protesto que ocorreu na tarde deste último domingo, 11, em frente a sede da IEQ, no bairro Jardins. “Porque, até então, estávamos sendo atacados eu e meu filho, e seguindo as orientações jurídicas, eu aguardava o momento para que pudesse me pronunciar. Só que, de repente, meu espanto, para minha profunda tristeza, a igreja do senhor Jesus Cristo começou a ser atacada”, lamentou. “ Que falem de mim, do meu filho, mas desrespeitaram um culto ao senhor”, completou.
Deixando o seu posicionamento em relação às denúncias mais evidente, o pastor Luiz Antônio afirma que está à disposição para que todos os esclarecimentos sejam prestados para trazer a verdade dos fatos. “Diante de tudo isso, mesmo ainda estando em recuperação, aí eu não podia mais me calar, e por isso, eu estou aqui, pra dizer a você que a Igreja do Evangelho Quadrangular em Sergipe, diante daquilo que tem sido apresentado a meu respeito e a respeito do meu filho, a igreja também está aguardando, a instituição está aguardando todos os trâmites legais aos quais eu estou completamente sujeito”, explicou.
O pastor encerrou o seu pronunciamento lembrando que está em processo de recuperação contra a covid-19 e agradeceu pelas orações que as pessoas realizaram em prol da sua melhora.
Entenda o caso
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou no dia 19 de março deste ano, que o DAGV recebeu a comunicação formal sobre uma denúncia de suposto assédio sexual envolvendo membros ligados à uma igreja evangélica. A denúncia foi formalizada por uma organização que reuniu depoimentos de algumas vítimas.
Na tarde do último domingo, 11, membros e ex-membros da Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) se reuniram em protesto para cobrar da instituição religiosa um posicionamento oficial em relação às denúncias de assédio sexual contra dois pastores da entidade e o afastamento dos acusados até o fim do inquérito policial. Porém, a manifestação promoveu momentos de confusão e a Polícia Militar foi acionada. A IEQ não reconheceu os manifestantes como membros ou ex-membros da Igreja e informou que não houve um pedido oficial de afastamento de membros.
Nesta segunda-feira,12, a IEQ publicou uma nota oficial informando que vai aguardar a conclusão das investigações sobre as acusações de assédio feitas contra dois pastores para então tomar as medidas que considerar pertinentes para a situação.
Por Isabella Vieira e Verlane Estácio
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