Viúva de Ademir nega relação com o crime e mantém tese de latrocínio

Ademir Melo foi morto em julho de 2016 no momento em que fazia um caminhada no bairro Luiza, em Aracaju (Foto: SSP)

A promotora de Justiça Caroline Leão se manifestou oficialmente nesta terça-feira, 23, sobre os desdobramentos do júri popular que absorveu o então réu, Anderson Souza, acusado de ter sido o autor do crime que vitimou o delegado da Polícia Civil de Sergipe, Ademir Melo, com quem foi casada.

No comunicado, Caroline negou qualquer envolvimento com a morte do esposo e reforçou acreditar na tese de latrocínio para o crime. “Por trabalhar no meio jurídico, ao analisar as provas dos processos, como laudos periciais e interceptações telefônicas, reafirmo meu entendimento de que Ademir foi vítima de latrocínio”, salienta.

Ainda segundo ela, não há nos autos qualquer elemento, ainda que mínimo, de ter havido participação de qualquer outra pessoa no crime senão Anderson, muito menos qualquer policial. “Há, tão somente, a versão do réu, que não pode ser tomada como verdade absoluta, sobretudo em se tratando de alguém com extensa experiência em práticas delitivas, inclusive algumas condenações”, argumenta.

A promotora disse ainda colocar à disposição, se preciso for, o sigilo telefônico para dirimir quaisquer dúvidas. “Em que pese minha vida pessoal não tenha nada a ver com o crime, coloco-me a disposição para fornecer meu celular – que é o mesmo há mais de 10 anos -, e-mail, WhatsApp, ou qualquer outro meio de comunicação para confirmar que nunca tive qualquer relação com delegado algum, Definitivamente, as alegações são mentirosas. Hoje, só quero que tudo isso acabe e que eu possa viver em paz com minha família”, finaliza a nota.

Entenda 

O réu Anderson de Souza foi absolvido do crime que vitimou o delegado Ademir Melo e indicou um policial civil como autor dos tiros e um delegado como mandante do crime. O julgamento popular foi iniciado na última segunda-feira, 8, e terminou no início da noite desta quarta-feira, 10.

Segundo um dos advogados de defesa, Josephe Barreto, Anderson contou que um policial civil conhecido como ‘Rastafari’ – que morreu após ser baleado acidentalmente por um colega durante uma perseguição a suspeitos na Avenida Barão de Maruim, no Centro de Aracaju – foi o autor dos tiros que mataram Ademir. Ainda segundo o advogado, o réu alegou que o crime foi encomendado por um delegado que possuía um relacionamento com a esposa de Ademir, a promotora Caroline Leão.

por João Paulo Schneider 

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