Blocos atraem foliões que nem precisam sair da calçada

Aracely curte Ragadinho da própria calçada da casa localizada na Rua Estância  (Fotos: Portal Infonet)

A tradição de curtir o frevo característico do bloco Rasgadinho na própria varanda de casa é cumprida em mais uma edição da festa, que acontece até a próxima terça-feira, 9. Entre os moradores do bairro Cirurgia, Suissa e Getúlio Vargas, que servem de palco para os mini trios e bonecos gigantes, a animação é curtida com muita praticidade.

Aracely Santana mora há nove anos na Rua Estância e logo separou cadeiras para acompanhar o Cordão da Bola Preta juntamente com familiares. “Sempre acompanho os blocos da minha própria casa. É mais tranquilo e cômodo, especialmente, quando se tem mãe de 72 anos, que também te acompanha na recepção aos foliões”, destacou a moradora.

A pedagoga Sandra Regina Pinheiro, que reside no trajeto do bloco Rasgadinho há 15 anos, prefere a calçada de casa ao acompanhamento das bandas. “A programação está muito boa, mas dá para aproveitar sem sair de casa. Saímos quando as atrações nacionais, a exemplo de Cidade Negra e Diogo Nogueira, estão realizando shows”, afirmou.

Débora Carvalho e Alan Felipe convidam amigos para curtir o bloco e o próprio repertório musical

Superlotação

Com mais de 40 integrantes, entre moradores e hóspedes, a casa onde passa uma temporada os jovens Alex Almeida e Anaildes Arlindo já preconiza o agito da festa. “A gente só espera o bloco surgir na rua para sair de casa. Enquanto metade da hospedagem dorme, outra metade curte a programação da tarde, sem grande necessidade de sair de casa”, destacou o casal que reside no bairro Augusto Franco.

Já os jovens Débora Carvalho e Alan Felipe resolveram montar o som de grande potência na própria garagem da casa onde moram, também na Rua Estância, para aproveitar a seleção musical nos intervalos do Rasgadinho.

“Moramos aqui há 12 anos e sempre abrimos espaço para a curtição entre familiares e amigos. Na maior parte do tempo nos divertimos aqui mesmo. Raramente saímos para acompanhar os foliões de rua”, afirmou Débora.

Por Nubia Santana