Exposição no Centro Cultural narra origem da Umbanda no Brasil

Através de um exposição documental, no Centro Cultural de Aracaju, centro da capital, a história da religião umbandista é contada buscando fontes e grandes referências históricas que registraram os momentos mais marcantes desde o início da Umbamba, em 1908 no Rio de Janeiro, até os dias atuais. Segundo o guia da exposição, Ítalo Silveira, o objetivo é aproximar a história da religião daquelas pessoas que ainda têm preconceitos ou ideias equivocadas à respeito das suas práticas e origens.

“A Umbanda é uma religião genuinamente brasileira nascida na tenda Nossa Senhora da Piedade, em 1908, pelo médium Zélio Fernandino de Moraes”, conta Ítalo Silveira. Segundo ele, o jovem Zélio com apenas 17 anos recebeu a primeira manifestação oficial da Umbanda. “Ele recebeu o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Seu nome significa que não há nenhum caminho fechado. Todos levam para perto de Deus”, explica.

O guia Ítalo Silveira explica as origens da religião (Foto: Portal Infonet)

Ainda segundo Silveira, um dos fatos históricos importantes sobre a origem da religião remonta a um fato já comprovado: antes de 1908 não havia nenhum registro sobre a Umbanda. “O fato é comprovado pelo livro “As religiões do Rio”, do jornalista João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto. Em sua obra, que foi lançada em 1904, João do Rio (como era conhecido o autor) pesquisou toda a religiosidade existente na antiga capital federal – Rio de Janeiro – em nenhum momento ,ele cita o nome Umbanda”, resume o guia da exposição.

Ítalo Silveira também conta que além dessas informações sobre a origem da religião, a exposição também mostra outras passagens ao longo da história que foram fundamentais para a sobrevivência da Umbanda ao longo dos seus mais de 100 anos. “Outra marco importante para a Umbanda aconteceu em 1944, quando umbandistas apresentaram ao então presidente Getúlio Vargas um documento intitulado “O Culto da Umbanda em Face da Lei” e conseguiram a descriminalização da religião”, destaca.

A exposição pode ser vista gratuitamente no Centro Cultural de Aracaju, localizado na Praça General Valadão, centro da cidade. O horário de funcionamento do local é de terça a sexta, das 9h às 17h, e aos sábados, das 9h às 13h.

por João Paulo Schneider  e Verlane Estácio 

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