Gal Costa fala da pluralidade da sua música e do seu 40º álbum
A cantora Gal Costa se apresentará no próximo sábado em Aracaju. Com bilheteria esgotada e trazendo novo repertório, a cantora revela ao Portal Infonet que está muito feliz em ver a emoção da plateia e a repercussão do show. Na entrevista, ela conta como foi a construção do novo álbum, parcerias com outros artistas e fala do futuro.
Portal Infonet- O que o público pode esperar do show ‘A Pele do Futuro’?
Gal Costa – Além do repertório do disco, eu escolhi alguns sucessos da minha carreia e trouxe para a sonoridade do álbum, com novos arranjos, para que haja uma unidade musical. Tem sido lindo ver a emoção da plateia e estou feliz demais com a repercussão do disco e do show.
Infonet- O álbum remete ao estilo musical Soul e Disco da década de 1970. Como foi o processo de escolha das canções e de montagem deste novo repertório?
Gal Costa – Esse álbum é muito especial para mim porque eu sempre quis fazer algo com essa sonoridade, a disco music, com uma estética dos anos 70. Como sempre, em todos os meus álbuns, as músicas vão chegando e o repertório vai tomando forma aos poucos. O Marcus Preto, como nos outros discos, foi o responsável por ir em busca das músicas e juntos ouvimos tudo que ele garimpou. Outras faixas, eu mesma pedi para alguns artistas como foi o caso do Guilherme Arantes e do Gil.
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Infonet- Gravar canções ou cantar junto com artistas já consagrados e jovens cantores/compositores. Esta é uma característica forte da Gal Costa. O que essa junção traz para seu trabalho?
Gal Costa – Sempre gostei de coisas novas, de experimentar novos sons, isso nunca me assustou. Eu gosto de gravar o que me emociona. Eu gravo aquilo que realmente bate, que eu gosto, sem pensar nas idades dos compositores. Eu tenho que gostar da canção para gravar.
Infonet- Você é uma artista que já transitou em diversos gêneros musicais. Como você definiria a Gal Costa que comanda o show ‘A Pele do Futuro’?
Gal Costa – Eu tenho várias Gals dentro de mim. E todas elas refletem o que eu sou hoje. Eu sou plural, como eu acho que toda pessoa deve ser. A gente tem que estar aberta para ver o mundo de várias maneiras e absorver tudo. Eu sou isso.
Infonet- Além do seu público fiel, há uma plateia jovem que acompanha o seu trabalho e de outros artistas de sua geração. Como você avalia isso?
Gal Costa – O “Recanto” já tinha levado um público jovem para os meus shows e para ouvir minha música. Eu dei continuidade a isso com o “Estratosférica” e agora com “A Pele do Futuro”. Acho isso ótimo.
Infonet- O seu mais recente trabalho é intitulado “A pele do Futuro”. O que, pra você, é o futuro? Ele te assusta ou te instiga a sempre evoluir?
Gal Costa – Com certeza me instiga. Eu sou uma artista que gosta de rupturas, de dar saltos na minha carreira, criar novos caminhos. Eu vivo cada momento.
por Raquel Almeida