Fiéis comemoraram Dia da Mulher em missa na Catedral Metropolitana (Fotos: Portal Infonet) |
Os fiéis católicos de Aracaju não passaram em branco o Dia Internacional da Mulher. Durante a tarde desta terça-feira, 8, a Catedral Metropolitana foi palco de uma missa alusiva aos direitos da mulher e combate a violência doméstica, temas esclarecidos pela convidada especial – a juíza de direito Dra. Eliane Cardoso Costa Magalhães, do juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
No ponto de vista da especialista dra. Eliane, todo dia é dia de se refletir sobre a posição da mulher na sociedade e, nessa ocasião em especial, ela considera importante mostrar a cada uma das mulheres que existe um amparo jurídico em caso de violências. “Como juíza, todos os dias eu recebo em média sete a oito pedidos de medida protetiva [quando por ordem judicial é determinado o afastamento do agressor da vítima]. Então por isso esse momento é de divulgar e esclarecer que a melhor alternativa é denunciar os casos sofridos para que a justiça tome a frente”, pontuou.
Eliane: denunciar os casos de agressão é sempre a melhor alternativa |
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em levantamento entre 2009 a novembro de 2012, foram aproximadamente 270 mil casos de violência contra a mulher registrados através do número 180 – Central de Atendimento à Mulher. Somente em 2010, ainda segundo o IBGE, foram 108 mil casos de violência em geral, e em torno de 63 mil especificamente por violência física – que abrange lesões corporais leves, graves e gravíssimas, tentativa de homicídio e homicídio.
Para Eliane, os números podem ser bem maiores em função da parcela de vítimas que não denuncia os casos de violência. “Nesse dia da mulher é preciso reflexão no sentido de se conscientizar e saber que denunciar é a melhor alternativa. Não se pode se submetes às situações de agressão”, colocou.
Padre Ozéias entende que momento é de reflexão e luta continua |
Para o padre Ozéias Santos, a violência historicamente foi mais difícil para a mulher, que na sua visão, por muito tempo esteve desamparada por direitos. “A mulher ficou desprotegida de direitos civis por muito tempo, e desta forma a violência que só fez crescer na nossa sociedade foi ainda pior para elas. Hoje é um dia para comemorar toda luta das últimas décadas e continuar na busca pela erradicação dessa violência”, disse.
Por Ícaro Novaes e Verlane Estácio
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