Padre Jerônimo Peixoto lança livro de memórias

Nascido no povoado do Cajueiro, no município de Itabaiana, o padre Jerônimo Peixoto acaba de lançar seu primeiro livro, “Memórias de um Cajueiro”. Ordenado sacerdote no ano de 1997, padre Jerônimo se formou em Filosofia e Teologia no Estado de Minas Gerais. Assim que retornou a Sergipe, se tornou padre dos municípios de Siriri, Divina Pastora e, posteriormente, assumiu a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral.

A convite do bispo Dom Lessa, padre Jerônimo assumiu, há quatro anos, a Catedral Metropolitana. Além disto, leciona a disciplina Doutrina Social da Igreja no Seminário Arquidiocesano, e na escola de Teologia para os Leigos, onde também ministra o curso de Teologia Moral. Confira a entrevista realizada pelo Portal InfoNet com o padre e descubra o lado escritor deste homem que vive a serviço da fé.

 

 

PORTAL INFONET – Do que trata o livro?

PADRE JERÔNIMO PEIXOTO –  Como o próprio título diz, este é um livro de memórias. São relatos reais e, também, fictícios, de um povo que viveu no pequeno vilarejo no município de Itabaiana chamado “Povoado do Cajueiro”. Lá, inclusive, foi onde viveu minha família e também onde passei parte da minha infância. É uma literatura rica em regionalismo, produzida de forma lírica e com pitadas de humor, deixando a leitura leve e agradável, já que o objetivo desta produção literária foi o de passar uma mensagem de esperança, incentivado as pessoas a perceberem que através da luta existe a possibilidade de se conseguir a vitória com bastante dignidade.

 

INFONET – Como surgiu o interesse do senhor pela literatura?

JP – Sempre gostei muito de literatura, mas nunca me dediquei a isso. Há três anos comecei a me dedicar a esta paixão, passando para o papel algumas idéia que tive. Começou como uma brincadeira e acabou ficando sério, ocasionando a produção deste livro, que é uma obra muito simples, apenas um romance de memórias de alguém que viveu em um cidade do interior.

 

INFONET – Por ser padre, o senhor tem uma religiosidade bastante aguçada. No livro isto é perceptível?

JP – A religiosidade no livro é retratada de forma bastante objetiva, no sentido que as pessoas que compõem a história eram marcadas pela religiosidade popular e pelo catolicismo da época retratada – no caso de 1870 até os dias atuais. As pessoas eram católicas e isto é retratado, mas de minha parte não é citado nada. Nem sobre minha espiritualidade, nem sobre minha relação com a igreja, até porque este não foi um livro escrito com este intuito.

 

INFONET – Na última segunda-feira aconteceu o lançamento de “Memórias de um Cajueiro”. Como o senhor percebeu a receptividade do público sergipano?

JP – Muito bem. Cerca de 200 pessoas estiveram presentes, entre autoridades, personalidades e escritores da Literatura Sergipana. Mas sei que a cultura local não é valorizada e, também sei, do árduo trabalho que há para divulgar o que se é produzido na área cultural no Estado. Seja na literatura, nas artes plásticas ou na música. O sergipano não foi educado para valorizar o que é da terra, e sim o que vem de fora.

 

INFONET – Tudo bem que o seu primeiro livro acaba de ser lançado. Mas já existe algum outro projeto guardado ou ao menos a idéia de um?

JP – É muito cedo ainda para falar sobre isso. Ainda estou esperando saber como meu primeiro livro será aceito. Não pretendo parar de escrever, por que gosto da coisa. Mas se irei publicar algo, isto só dependerá dos resultados desta primeira produção, que espero que tenha um respaldo positivo.


Por Theo Alves

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