Produção cultural em debate na Câmara

Foto( Alberto Dutra)

A Câmara Municipal de Aracaju (CMA) realizou nesta segunda-feira, 26/9, Sessão Especial para debater sobre o trabalho desenvolvido pelo Núcleo Audiovisual de Sergipe. Durante o debate, foi exibido o curta ‘Do outro lado do rio’, além de, apontarem os desafios para produção cultural sergipana e a necessidade de incentivo a criação cinematográfica no estado.

De acordo com a vereadora Rosângela Santana, o núcleo desenvolve um trabalho de qualidade com poucos recursos e é importante na fomentação da cultura sergipana. “Neste espaço as pessoas podem participar de cursos voltados a produção audiovisual e ainda é meio para descoberta de novos artistas”, disse.

Segundo o professor César Bolaño, o cinema serve para fortalecer a cultura, bem como, divulgar de maneira mais aprofundada a realidade social. “É um dos segmentos da produção cultural. A cultura é tão importante que ele está presente na Constituição como direito adquirido. Porém, nem toda sociedade tem acesso ou possui recursos para permanecer produzindo ou ter acesso as produções”, avaliou.

A coordenadora do núcleo, Graziele Ferreira ressaltou que a população está interessada em participar dos cursos e oficinas oferecidos pelo centro de produção audiovisual, porém, os recursos são limitados. “A demanda é maior que oferta. Dentro dessa reflexão, fica-se evidente que as pessoas tem interesse em divulgar a realidade e costumes do lugar em que vive”, falou. Ela ainda reforçou que durante os cinco anos de existência, o núcleo já produziu 21 filmes e co-produziu 40. “O curta 'Do outro lado do rio’ está concorrendo e tem grandes chances de ser premiado em um festival de cinema francês, mas, infelizmente não temos recursos para mandar um representante”, informou.

O representante da Associação Brasileira de documentaristas e curta-metragistas (ABB), Anderson Bruno, sugeriu que o poder público institucionalize um dia simbólico para comemorar e enaltecer a produção cultural. “Na data iríamos divulgar os trabalhos feitos em nossa cidade, em nosso estado, incentivar as produções, convidar os jovens e demais interessados a fomentar nossa cultura, ampliar as reflexões sobre o que acontece a nosso redor”, considerou.

O aluno e produtor do núcleo, Elvacir Júnior, contou sua experiência durante os estudos em audiovisual. “Eu tive a oportunidade de aprender e produzir aquilo que gostava sob diferentes perspectivas. Tive orientação de profissionais competentes, descobri novos talentos e permaneço trabalhando como propagador cultural”, narrou.

Já o representante do Fórum de Audiovisual, Baruch Blumberg, salientou que existe uma lei municipal ao qual cria o fundo de cultura, mas, está em desuso. “Temos alguns problemas que precisam ser resolvidos. O poder público assinou o compromisso com o Sistema Nacional de cultura, porém, não possuímos um Conselho de cultura, o fundo municipal de cultura está em desuso e nem recebemos incentivos para fomentar a cultura”, analisou.

Fonte: Ascom CMA

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