Evento acontece até o dia 25, no Centro Cultural de Aracaju (Foto: divulgação) |
Inédito. Em 10 anos de existência dos Painéis Funarte de Regência Coral, pela primeira vez uma cidade o realiza duas vezes consecutivo. E, o fato deve-se ao resultado alcançado ano passado. O projeto, que é idealizado pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), está acontecendo em Aracaju por meio da parceria com a Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), através da unidade Escola de Arte Valdice Teles. Durante esta semana, músicos, alunos, regentes e outros profissionais do segmento estão se aperfeiçoando, que, ao final dos cursos, se transformarão em multiplicadores.
O evento foi iniciado ontem e se prolongará até a sexta-feira (25), no Centro Cultural de Aracaju, localizado na Praça General Valadão (prédio da antiga Alfândega), das 14h às 19h30min. Os participantes, em torno de 100, estão tendo o privilégio de absorverem novos conhecimentos com as aulas ministradas por renomados especialistas de diversas regiões do país. Os cursos se denotam em aulas de regência, técnica vocal, dinâmica de ensaio e análise de repertório. Após as apresentações dos painéis, o grupo se inspira na parte prática, com ensaios na formação de um grande coral para apresentação no dia do encerramento.
Receptividade
Na abertura do evento, os participantes e convidados foram surpreendidos com a apresentação da Orquestra de Câmara, formada por alunos e professores da Escola de Arte Valdice Teles. Regida pelo maestro Álvaro Araújo, a orquestra, fundada há cerca de um ano, mostrou que “veio para ficar”. Eclética, a orquestra apresentou diversas músicas, mas o ápice maior foi a música sergipana “Cheiro da Terra”, de autoria de Claudio Miguel e gravada pelo grupo Cataluzes. O público acompanhou os instrumentistas cantando, seguindo por palmas e, ao final, os aplausos de pé.
Após a apresentação, a presidente da Funcaju, Aglaé Fontes, deu as boas-vindas aos participantes e, sobremaneira, aos professores. “Se a vida não se permeasse com a música, seria muito triste. Observamos cenas da humanidade no teatro; o som dos pássaros, da natureza se transformando em melodias e, a afixação das cores se transformam em formas. Somos movidos as emoções, afinal, não somos objetos”, comentou.
A presidente lembrou que a Fundação vem cumprindo a sua missão e, a realização dos painéis, não é exceção. “Por meio das nossas unidades, como as bibliotecas, Escola de Arte, Mirante, Centro Cultural e o Arquivo, estamos num constante desenvolvimento de atividades que preservam a nossa memória, o nosso patrimônio e, sem dúvidas, levando novos conhecimentos aos aracajuanos e turistas que nos visitam”, esclareceu.
Palestrantes
O professor da Universidade Federal de Goiânia, maestro Ângelo Dias, afirmou que o brasileiro é um poço musical, mas que, para extrair qualidade, é preciso muito estudo.
Dias esclareceu que o mais importante para o regente coral é a liderança. “É preciso se instrumentalizar e desenvolver técnicas de liderança”, confirmou, lembrando aos participantes que não se deve rotular o corista. O maestro também informou que os regentes são catalizadores. “Devemos encontrar possibilidades de fazer coisas novas no grupo. A relação do regente com o coro é de naturalidade”, esclareceu.
O coordenador técnico-pedagógico do evento em nível nacional, professor Eduardo Lakschevitz, durante esta semana tratará do tema regência de coro. O também maestro foi claro ao afirmar que cantar junto é uma atividade que acontece em muitos lugares, mas não existe o contexto. “Nesse evento, trato no contexto da sociedade contemporânea. Regência é uma atividade rotulada e, com textos diferentes, existem posturas diferentes para reger.
Lakschevitz mostrou aos participantes vários tipos de regência e as ferramentas usadas para um melhor aproveitamento do grupo, sempre utilizando como base o contexto. “A regência acontece com a clareza dos movimentos, engajamento, expressividade e outros pontos que são inerentes a área”, disse.
A professora da Escola de Música da Universidade do Rio de Janeiro, pianista Stella Junia Guimarães Ribeiro, também está dando a sua parcela de contribuição ao evento. Ela está exercendo o importante papel de acompanhamento aos ensaios para a formação do grande coral que fará apresentação no dia de encerramento dos painéis.
Contagem regressiva
Este ano, os painéis estão acontecendo desde o mês passado. Foi iniciado na cidade de Uberaba, em Minas Gerais, sendo seguida pela cidade de Belém, no Pará; Campo Grande, no Mato Grosso do Sul e encerrando em Aracaju.
A contagem é regressiva para a próxima sexta-feira, às 18h, horário previsto para a apresentação do grande coral. Por enquanto, os ensaios estarão acontecendo todos os dias. Resta aguardar e prestigiar a apresentação que estará aberta ao público.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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