Teatro Atheneu é reaberto nesta segunda-feira

Teatro foi reaberto nesta segunda-feira, 5

Mais de três anos depois ter sido fechado para reforma, o teatro Governador Arnaldo Rollemberg Garcez – o teatro Atheneu – foi reinaugurado na noite desta segunda-feira, 5.

A reestruturação custou cerca de R$ 3 milhões em obras e instalação de equipamentos cênicos, como os sistemas de sonorização e iluminação. A demora na entrega ocorreu justamente por conta desses itens – a readequação estrutural foi concluída em 2010, mas problemas com a empresa responsável pelos equipamentos acabaram postergando a entrega.

Eloísa: "dia de celebrar" depois das dificuldades

“Foi um período com muitas dificuldades, muitos percalços, mas hoje é um dia de celebrar”, destacou a secretária de Estado da Cultura (Secult), Eloísa Galdino. “Celebrar porque nós estamos reabrindo no mês que Aracaju completa mais um aniversário aquele que é o seu primeiro espaço de artes cênicas. Hoje, para nós, é uma data especial porque nós não estamos entregando um Atheneu reformado. Nós estamos entregando um novo Atheneu”, afirmou Galdino.

Estrutura e homenagem

Governador descerrou placa

Inaugurado em 1954, o teatro é capaz de atender um público de até 850 pessoas, o que o faz um dos dez maiores do Nordeste – o teatro Tobias Barreto é o terceiro maior. De acordo com informações divulgadas pela Secult, a nova formatação do Atheneu permite que ele acolha espectadores com todos os tipos de necessidade especial. Além dos já citados sistemas de som e luz, a modernização trocou poltronas, cortinas e a aparelhagem de resfriamento.

A intervenção também buscou manter a identidade visual do lugar. Foram preservados tanto seus traços arquitetônicos quanto elementos como ao painel do artista plástico Jenner Augusto exposto na entrada do teatro.

Cubos Companhia de Dança foi uma das atrações da noite

Do lado de fora, telas em larga escala postas na fachada do Atheneu homenageiam cinco atores que passaram pelos seu palco: Valdice Telles, Otto Cornélio, Mariano Antônio, César Macieira e Luíz Carlos Reis. “Nesses paineis estão nomes que representam a história das artes cênicas em Sergipe. As pessoas passam por aqui, ou até os turistas que vêm nos visitar, e entram em contato com a nossa memória. Aprendem a valorizar aquilo que é sergipano”, explicou Eloísa Galdino.

Para a noite de reabertura do Atheneu, foi escolhida uma atração musical – o quarteto de cordas da Orquestra Sinfônica de Sergipe –, além de artistas que ressaltam as linguagens das artes cênicas – ou seja, o teatro, a dança e o circo. Em uma das salas do prédio que será usada para exposições temporárias, outra homenagem: desta vez, feita para o grupo Os Cênicos, que tiveram sua trajetória divulgada.

A primeira modalidade ficou a cargo dos esquetes dramáticos da companhia A Tua Lona e da leitura da peça ‘A última sessão de teatro’ pelo ator sergipano Harildo Déda, homenageado da noite. A Cubos Companhia de Dança representou a segunda modalidade, logo depois do descerramento da placa inaugural pelo governador Marcelo Déda. O circo, ressaltado pelo grupo Pernas de Pau, foi o responsável pela recepção dos convidados do evento.

Expectativas

Diane: espaço para a arte sergipana e para espetáculos alternativos

Para a atriz Diane Velôso, a reinauguração do teatro Atheneu significa uma retomada para os que se criaram artisticamente ali. “Acho que a gente sai de uma pausa bastante prejudicial”, declarou Velôso durante a festa. “Sentíamos muita falta, até porque não temos tantos ambientes para se apresentar. Espero que a gente possa usar bastante, de todas as formas e com todas as possibilidades”, expôs.

A atriz disse ainda esperar que as artes cênicas sergipanas sejam contempladas na nova fase do espaço cultural. “Claro, com muita sabedoria, porque sabemos que é um espaço muito grande. Ficar em temporada no Atheneu é muito complicado, a gente sabe do custo que é manter um teatro como esse”, ponderou Velôso, afirmando aguardar também apresentações de fora que não estejam necessariamente no circuito comercial. “Espero que a gente possa assistir a espetáculos de outros tipos, com outras linguagens”, comentou a artista.

Manuella espera que Atheneu "abra as portas" para cultura local

A estudante universitária Manuella Matos apresentou uma demanda parecida. “Espero que o Atheneu abra as portas para o que a gente tem, botando o pessoal daqui, trazendo de fora também”, resumiu Manuella, que visitou o teatro pela primeira vez na noite desta segunda.

Ela também demonstrou ter esperança de que, com a reabertura, o interesse dos aracajuanos pela arte cresça. “Acho que aqui é um pouco fraco em relação a isso. Espero que as pessoas invistam mais em cultura”, finalizou.

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