Baixa do Dólar gera queda de preços e desgaste na indústria

Preços em baixa para eletrodomésticos
A cotação do Dólar comercial tem variado para menos, ontem atingiu R$1,908, o que representa a desvalorização crescente da moeda americana. O reflexo imediato para os brasileiros é a queda dos preços de produtos importados e de eletro-eletrônicos, que apesar de serem montados no Brasil têm peças vindas de outros países. Isso se revela bom para o consumidor, mas prejudicial para o produtor brasileiro, que tem que concorrer com os produtos internacionais. 

Nas lojas de eletrodomésticos os preços refletem a queda da moeda norte-americana. O consumidor por encontrar televisores de tela-plana com 29 polegadas por R$989,00 e aparelhos de DVD por R$169,00. O gerente de loja Ubirajara Freitas fala que a baixa maior foi na linha de informática. “Esperamos um aumento nas vendas de produtos de informática proporcionais às vendas de TV´s  e outros”, revela.

O economista Luís Moura, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos pondera que essa baixa de valores se deve a dois fatores. “Um é a baixa do dólar, e o outro as altas taxas de juros do Banco Central. Mas o que é bom para o consumidor pode não ser bom

para o trabalhador. Várias indústrias estão sendo afetadas no Brasil por causa da baixa do dólar”, explica.

Para proteger a economia local o Governo Federal tenta negociar meios de manter o preço da moeda americana estável. Durante a participação brasileira nas negociações da Rodada Doha, da Organização Mundial do Comércio, em Potsdam, Alemanha, o posicionamento foi de não baixar as taxas aduaneiras de importação de produtos, para preservar a indústria nacional.

As negociações acontecem desde quarta, 20, e os Estados Unidos junto com a União Européia pedem a redução das taxas aduaneiras dos países em desenvolvimento, em troca da redução dos subsídios agrícolas dados aos seus produtores. O presidente em exercício da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Newton de Mello, já manifestou sua posição contrária.

“Diminuir mais a proteção alfandegária aos produtos industriais brasileiros seria, neste momento, medida desastrosa, que estimularia ainda mais o ingresso de produtos importados, acelerando o processo de desindustrialização em curso”, afirmou Newton de Mello para o portal econômico Fator.

o consumidor Alex Carvalho ainda não etsá satisfeito com a queda
Mesmo com a queda de preços em todo o país alguns consumidores ainda acham os preços não acessíveis. Alex Carvalho estava à procura de televisores, mas se desanimou ao ver os preços. “Ainda não estão tão acessíveis. Principalmente para mim que prefiro pagar a vista do que parcelar” afirma.

Para ânimo dos consumidores, a tendência de queda do Dólar deve prosseguir. “Hoje nós temos uma situação que nunca tivemos no Brasil. Onde a nossa dívida externa está igual as reservas internacionais brasileiras, isso gera um excesso de dólar, o que influencia na queda”, diz o economista Luís Moura.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou na semana passada um conjunto de medidas que visam socorrer as empresas vítimas dessa crise. As medidas vão custar R$1 bi ao Tesouro Nacional, e prevêem linhas de crédito com juros subsidiados, benefícios tributários e mudanças na taxação de produtos importados.

Por Ben-Hur Correia e Carla Sousa

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