(Foto: Ascom Codevasf) |
Já foi iniciada, em Sergipe, a dragagem do canal de captação de água que atende ao Sistema Integrado Propriá e à Adutora do São Francisco. A ordem de serviço foi assinada na última sexta-feira,18, pela presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Kênia Marcelino, e os trabalhos começaram no final de semana. A ação emergencial no trecho sergipano do rio São Francisco busca garantir o abastecimento de água nos municípios de Propriá, Telha, Cedro de São João e na Grande Aracaju. A obra conta com investimentos de R$ 1,9 milhão, recursos do governo federal repassados à Codevasf pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional (MI).
Os serviços visam mitigar os impactos negativos da redução de vazão do rio São Francisco no ponto de captação no rio em Sergipe, garantindo a continuidade do atendimento dos usos múltiplos da água, beneficiando mais de 700 mil pessoas nos municípios atendidos pelo Sistema Integrado de Propriá e pela Adutora do São Francisco. A obra de dragagem vai aprofundar o canal assoreado em 1,5 metro, viabilizando o funcionamento adequado do sistema de bombeamento mesmo com a redução da vazão do rio São Francisco para 700 m³ por segundo.
“O abastecimento de água nos estados do Nordeste afetados pela estiagem é uma prioridade do governo federal – assim como o Programa de Revitalização da Bacia do São Francisco e o Plano Novo Chico, lançado recentemente pelo presidente da República”, afirmou a presidente da Codevasf, Kênia Marcelino, acrescentando que, em Sergipe, a Codevasf já investiu mais de R$ 40 milhões em ações de revitalização da bacia do rio São Francisco.
A escassez de chuvas tem comprometido o nível de água nas represas ao longo da bacia do rio São Francisco. Desde 2013, o volume de água do rio tem reduzido com vazões e precipitações abaixo da média, comprometendo o nível do armazenamento dos reservatórios da bacia. A perspectiva, com base nesses dados, é que mais de 700 mil de pessoas sejam beneficiadas com a execução dos serviços.
Baixa vazão
“Sem dúvida alguma, essa obra é uma necessidade emergencial devido à baixa da vazão do rio São Francisco e que vai garantir tranquilidade no abastecimento de água em Propriá, Telha, Cedro de São João e na Grande Aracaju. A Codevasf preparou toda a documentação necessária com a maior celeridade possível e, com a liberação de recurso pelo Ministério da Integração Nacional por meio de sua Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, finalmente iniciamos a obra”, declarou o superintendente regional da Codevasf em Sergipe, César Mandarino.
A obra será realizada em parceria com a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), responsável pelo projeto, cabendo à Codevasf o planejamento orçamentário e a execução dos serviços. De acordo com o assessor da presidência da Codevasf Márcio Adalberto Andrade, a obra vai possibilitar a redução dos gastos públicos com fornecimento emergencial de água, especialmente com o uso de carros-pipa. Segundo ele, a obra também beneficiará a captação de água para o Sistema Integrado de São Francisco e do Perímetro de Propriá, resolvendo definitivamente o problema de abastecimento nessas regiões.
Instalação de bombas flutuantes
Em Sergipe, a Codevasf concluiu a instalação de novos sistemas de captação flutuantes nos perímetros irrigados Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume. A ação visa à readequação dos sistemas de bombeamento dos perímetros do Baixo São Francisco sergipano, amenizando os efeitos da baixa vazão do rio São Francisco. O investimento da Codevasf foi de aproximadamente R$ 2,2 milhões em recursos provenientes de destaque orçamentário da Defesa Civil.
Os sistemas flutuantes foram instalados em sete estações de bombeamento, sendo cinco destinados ao perímetro Betume, um ao perímetro Cotinguiba/Pindoba e um ao perímetro Propriá. Os novos equipamentos vai auxiliar as eletrobombas já instaladas nas estações de bombeamento, que tiveram a sua capacidade de captação de água prejudicada com as sucessivas reduções de vazão do rio São Francisco.
Os sistemas flutuantes já estão prontos para operação.
A opção pelos sistemas flutuantes se deu após estudos técnicos apontarem que era essa a alternativa ideal para a região, uma vez que esses equipamentos acompanham a variação de nível do manancial hídrico – nesse caso, o rio São Francisco e o rio Betume.
No ano passado, a Codevasf aplicou R$ 464,5 mil na aquisição de 10 conjuntos de motobombas e eletrobombas, também com o objetivo de atenuar problemas nas captações fixas devido à baixa vazão do rio São Francisco. Além disso, está em andamento o serviço de reabilitação de
51 conjuntos de eletrobombas dos perímetros Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume. O investimento nessa ação é de R$ 2,1 milhões.
Em toda a bacia do São Francisco, a Codevasf investiu R$ 38 milhões em ações emergenciais por meio da instalação de bombas flutuantes e desassoreamento de canais de aproximação, assegurando, assim, a captação e o fornecimento de água aos perímetros de irrigação e para consumo humano. Os recursos foram repassados à Companhia pelo MI por meio da Defesa Civil.
Obras contra seca
No total, oito estados receberão cerca de R$ 260 milhões para realização de obras emergenciais para atenuar o impacto da seca. As ações serão executadas pelo MI, em parceria com a Codevasf, Departamento de Obras Contra as Secas (Dnocs) e estados.
As iniciativas em Alagoas, Bahia, Paraíba e Pernambuco ficarão sob coordenação da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) do MI. A execução nos estados do Piauí e Sergipe ficarão sob responsabilidade da Codevasf.
Fonte: Ascom Codevasf
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