Como é voar durante a pandemia e o que esperar nos próximos meses

Voos começam a ser retomados gradativamente (Foto ilustrativa: Pixabay)

Assim que a pandemia da Covid-19 atingiu o Brasil, as companhias aéreas logo tiveram suas atividades restringidas para evitar o contágio do vírus. Um número ínfimo de voos foi mantido para aquelas pessoas que tinham necessidade de viajar. Com mais de 100 dias de crise na saúde, aos poucos, o setor vai retomando os voos, mas seguindo critérios rigorosos desde a hora do embarque dos passageiros.

Quem hoje viaja de avião, não precisa mais fazer o check-in com três horas de antecedência. “Assim que a pandemia começou, as empresas diminuíram o tempo de check-in, que agora deve ser feito uma hora antes do voo, para evitar mais pessoas nos aeroportos. Por todo país, a vigilância epidemiológica também tem fiscalizado os aeroportos para controle de sintomas de passageiros no embarque e desembarque”, explica Jorge Nascimento, que trabalha em uma operadora de bilhetes aéreos para agências de turismo.

Em alguns aeroportos, painéis com touch screen para check-in ou informações foram desativados. A intenção das companhias aéreas e das administradoras dos aeroportos é que os passageiros façam check-in no próprio aparelho de celular. As filas de embarque e desembarque também estão marcadas para que a distância de 1 metro entre as pessoas seja cumprida.

A única medida que não foi implementada, no Brasil, foi a proibição das vendas dos assentos do meio nas aeronaves. Em outros países, principalmente na Europa, as companhias disponibilizaram para venda apenas os assentos da janela e do corredor, para que os passageiros viajassem com uma distância mínima. No Brasil, a proposta teve resistência das companhias aéreas.

A retomada do setor

Nos últimos meses, o setor começa a ensaiar uma retomada econômica. De acordo com Jorge, reuniões são feitas constantemente e alguns números já são projetados. Ele explica que no mês de maio, quando a pandemia ainda estava no auge, o setor estava vendendo 10% do que vendia no mesmo período do ano passado. Em junho, esse percentual já variou entre 20 e 30%. “A expectativa é que agora em julho, esse índice suba para 40% e até o final do ano, pelo menos metade do setor já esteja retomado”, pontuou Jorge.

Apesar de explicar que as companhias aéreas saem bastante prejudicadas com a pandemia, Jorge vê pontos positivos, como a oferta de novas linhas aéreas e rotas, incluindo novos voos em Aracaju. O que ainda é uma incógnita, para ele, é se todo o protocolo de saúde exigido hoje, permanecerá para um futuro da aviação civil.

Por Ícaro Novaes

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