Déda formaliza pedido de ampliação da Fafen-SE

José Gabrilelli e Marcelo Déda (Foto: Marco Terra Nova/ ASN)
Em audiência realizada nessa quinta-feira, 28, em Brasília, com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o governador Marcelo Déda formalizou pedido de ampliação da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras em Sergipe (Fafen-SE). Estudos do Governo do Estado indicam que é possível ampliar em 1 milhão de toneladas por ano a produção local de uréia, uma das matérias-primas mais importantes na produção de adubos. Atualmente, a fábrica da Petrobras no estado produz 480 mil toneladas por ano, além de 360 mil toneladas de amônia.

Antes do encontro desta quinta-feira, o governador havia se reunido no final de julho com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Na ocasião, Lula determinou estudos imediatos para a concretização do projeto. Após a audiência com o governador, o presidente convenceu-se de que a ampliação da oferta de fertilizantes nacionais diminuiria a dependência brasileira deste insumo básico da agricultura, barateando a produção e, conseqüentemente, o preço dos alimentos, já que 70% do suprimento de adubos no Brasil são importados.

Hoje, o país consome 3,5 milhões de toneladas/ano de uréia. Deste total, 2,5 milhões vêm do exterior, contra 1 milhão produzido internamente, quase metade em Sergipe. Estudos indicam que, em dez anos, o consumo brasileiro aumentará em 1 milhão ao ano. De acordo com Gabrielli, as análises determinadas por Lula estão em fase final de elaboração e indicarão a viabilidade econômica do investimento. A fase seguinte, explicou, é a escolha do local da nova fábrica.

Vantagens

O ofício que o governador deixou com Gabrielli enumera as justificativas que indicam Sergipe como a melhor opção para o investimento da estatal. Primeiro, porque tanto os desembolsos diretos como aqueles em infra-estrutura serão menores na ampliação da unidade de Sergipe, comparados com a criação de uma fábrica nova. Segundo, porque haverá redução do volume da matéria-prima, o gás-natural, de 2,4 milhões de metros cúbicos por dia para 1,92 milhão, além do menor consumo de água bruta.

Em terceiro lugar, expõe o documento, estão as disponibilidades logísticas: proximidade com o Porto de Sergipe e acesso rodoviário facilitado, além de armazém de uréia em seu retroporto. Por fim, a Fafen-SE localiza-se próxima da unidade da Vale do Rio Doce, produtora de cloreto de potássio, outro integrante importante na elaboração de fertilizantes compostos NPK. Além destas vantagens, Déda informou a Gabrielli que o estado está disposto a oferecer incentivos de natureza fiscal preconizados pelo Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial, que se somariam ao benefício fiscal concedido pela Sudene.

O governador lembrou, também, que a ampliação da Fafen-SE contribuirá com os objetivos da Política de Desenvolvimento Regional, criando um pólo de fertilizantes em Sergipe. Atualmente, cinco fábricas no estado abastecem, não apenas o mercado do Norte e do Nordeste – em expansão com o cultivo de cana-de-açúcar e oleaginosas , como também o do sudeste.

Para o governador, a ampliação da Fafen congregaria os interesses nacionais, que demandam o aumento da produção de alimentos com menor preço, aos locais, já que o projeto garantiria a expansão da cadeia produtiva de adubos em Sergipe. Conforme registrado no ofício, a iniciativa propiciaria à Fafen-SE “a competitividade no mercado de fertilizantes do país, criando-se as condições para que se atenda os níveis de produção de fertilizantes nitrogenados demandados pelo desenvolvimento nacional, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento sustentado do estado de Sergipe e da região Nordeste”.

Fonte: ASN

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