Entrevista com Ivan Leite

“Tanto o governador João Alves Filho (PFL) quanto o ex-governador Albano Franco (PSDB) me ajudaram pensando no povo de Estância, que os reconhece. Eu não tenho porque negar que tive o apoio deles e lhes sou grato”. Quem faz a afirmação é o prefeito eleito de Estância, Ivan Leite, que pretende promover o crescimento industrial, comercial e turístico do município. Ele também priorizará a educação, a saúde e uma política de ações sociais que beneficiem as pessoas mais pobres.

O senhor reafirmaria hoje tudo aquilo que prometeu na campanha eleitoral que culminou com o sucesso nas urnas?

IVAN LEITE – Adotei um discurso na campanha todo ele feito com vontade de realizar. Eu não uso a palavra promessa, mas sim exponho aquilo que pretendo realizar. Fiz a campanha dando ênfase na recuperação da auto estima do povo de Estância através do trabalho, dando ênfase às prioridades definidas no programa de governo e agora tenho o dever de concretizá-las. Entendo que há um compromisso que foi colocado publicamente e pára realizá-lo estou convocando o povo de Estância a dar a sua parcela de contribuição.

Quais foram essas prioridades expostas em praça pública?

IL – Educação, saúde e desenvolvimento de ações sociais que beneficiem o povo de Estância. Na área da saúde, por exemplo, eu anunciei o projeto de criação do Centro de Internet Popular para que os estudantes possam ter acesso ao computador e à rede internacional de informações para a pesquisa e tenham uma visão maior e melhor do mundo. A saúde tem um forte aliado na administração pública estanciana. O meu vice, Gilson Andrade, é médico e vamos trabalhar no sentido de valorizar o programa de agentes de saúde, a medicina preventiva e buscar parceiros, entre os quais os governos federal, estadual e municipais, para garantir o pleno funcionamento do Hospital Amparo de Maria. O hospital é usado pelos moradores de Estância e de municípios vizinhos. Por isso, vamos procurar os prefeitos para que contribuam também. As ações sociais terão um tratamento bastante técnico. Vamos usar os agentes de saúde, pastorais e conselhos para apurar onde há necessidade efetiva e a partir dessas informações atuar. O nosso desejo é garantir a presença do poder público onde há necessidade. É preciso acabar com esse negócio de investir dinheiro público em ações sociais para beneficiar quem não precisa.

O município de Estância, ao que parece, está vocacionado para a indústria, que atravessa uma fase difícil. O senhor pretende investir na continuidade do processo de industrialização?

IL – O nosso projeto de geração de emprego e renda passa necessariamente pela indústria, comércio e turismo. Vamos realizar as compras do município em Estância, pretendemos reabrir os hotéis que foram fechados e estimular o surgimento de pousadas. O turismo é um novo foco que vamos dar ao desenvolvimento do município. A nova estrada que liga Estância às praias e beneficia também os municípios vizinhos, vai permitir isso. Quando estive no comando da Secretaria de Estado da Indústria e Comércio estimulamos projetos para gerar emprego e renda. A mesma postura será adotada na Prefeitura. Para garantir o sucesso de nossos propósitos é imprescindível o apoio dos servidores, vereadores e parceiros das esferas estadual e federal. Também queremos atrair novos empreendimentos industriais para gerar novos empregos.

Os cofres municipais têm dinheiro para colocar em prática os compromissos assumidos?

IL – Essa é uma questão que somente poderemos responder depois de ver os débitos e as receitas. Pelo que temos conhecimento, existem algumas pendências de valores expressivos que precisam ser sanadas. É nosso desejo pagar os salários dos servidores em dia e com os recursos excedentes encaminhar os pagamentos e alguns projetos. Antes disso, porém, precisamos ter os dados em nossas mãos. Estância tem mais de mil servidores, mas não sabemos ainda quanto é que os seus salários consomem dos recursos disponíveis. Logo em breve teremos informações concretas sobre esse assunto. A comissão de transição está sendo montada para colher esse tipo de dado.

O senhor pretende administrar com a mesma estrutura que hoje está em funcionamento ou fará uma reforma administrativa para adequar a máquina às necessidades do projeto que pretende desenvolver?

IL – Vamos manter a atual estrutura das secretarias e depois pretendemos promover uma avaliação para ver o que pode e deve ser mudado. Tudo será feito no momento propício, sem precipitações.

O que diferenciará a gestão do senhor das de seus antecessores?

IL – Cada pessoa tem a sua forma de ser. Como deputado estadual, propus a lei que criou vagas para deficientes nos concursos públicos. Só tinha direito ao Ipes os maridos de servidoras que fossem deficientes e nós ampliamos para que todos passassem a contar com os serviços e benefícios da instituição. Fizemos ainda a lei que garante a gratuidade da carteira de identidade para pessoas carentes e propusemos a legislação que garante vagas em assentamentos para técnicos agrícolas e engenheiros agrônomos, como forma de disseminar a boa prática agrícola nessas áreas a custo zero. Isso deixa claro que temos a preocupação em fazer boas ações.

A eleição do senhor passa pelo projeto das oposições de conquistar o governo de Sergipe em 2006?

IL – A nossa eleição é um projeto que começou com a definição da candidatura, chegou à campanha e agora começará a ser viabilizado em 2005. Ao longo do caminho avaliaremos que postura adotaremos em 2006. A nossa preocupação, pelo menos agora, não é apoiar o governador João Alves Filho (PFL) ou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas próximas eleições. Vamos pedir ajuda à todos os segmentos e quem ajudar terá o reconhecimento público.

Ao final das eleições municipais deste ano, governo e oposição fizeram as contas de quem elegeram. O senhor aparece nas contas da oposição e também nas da situação. Em que processo somatório o senhor se enquadraria efetivamente?

IL – Eu diria que ambas as afirmações são verdadeiras. Tanto o governador João Alves Filho como o ex-governador Albano Franco (PSDB) me ajudaram pensando no povo de Estância, que os reconhece. Eu não tenho porque negar que tive o apoio deles e lhes sou grato.

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