Juros do cheque especial caem e do cartão de crédito sobem

Taxa média aumentou 0,6 ponto percentual em relação a novembro (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Os juros do rotativo do cartão de crédito subiram e do cheque especial caíram em dezembro de 2019, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo Banco Central (BC). As taxas dessas modalidades de crédito são as mais caras entre as oferecidas pelos bancos.

A taxa média do rotativo do cartão de crédito subiu 0,6 ponto percentual em relação a novembro, chegando a 318,9% ao ano. Em todo o ano passado, o crescimento foi 33,5 pontos percentuais. A taxa estava em 285,4% ao ano no fim de 2018. A taxa média é formada com base nos dados de consumidores adimplentes e inadimplentes.

No caso do cliente adimplente, que paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia, a taxa chegou a 287,1% ao ano em dezembro, queda de 6,7 pontos percentuais em relação a novembro. Já a taxa cobrada dos clientes que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura (rotativo não regular) os juros subiram 5,3 pontos percentuais, indo para 339,6% ao ano.

O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida.

Na modalidade de parcelamento das compras pelo cartão de crédito, a taxa chegou a 176% ao ano em dezembro, com queda de 2,7 pontos percentuais.

Cheque especial

Já a taxa de juros do cheque especial caiu 4,1 ponto percentual em dezembro de 2019 comparada a novembro, e chegou a 302,5% ao ano. No ano, a queda foi de 10,1 pontos percentuais. Em dezembro de 2018, a taxa estava em 312,6%.

Em 2018, os bancos anunciaram uma medida de autorregulamentação do cheque especial. Os correntistas que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxa de juros menores que a do cheque especial definida pela instituição financeira.

A medida não reduziu satisfatoriamente os juros do cheque especial. Por isso, o BC decidiu definir mais uma regra para a modalidade de crédito. Desde o dia 6 de janeiro, os bancos não podem cobrar taxas superiores a 8% ao mês, o equivalente a 151,8% ao ano, nos juros do cheque especial. E em junho, será cobrada tarifa de 0,25% sobre o limite do cheque especial que exceder R$ 500. Essa foi uma decisão do BC, com medida aprovada no Conselho Monetário Nacional.

Para o BC, a medida torna o cheque especial menos regressivo (menos prejudicial para a população mais pobre e com menor escolaridade), além de corrigir falhas de mercado nessa modalidade.

Fonte: Agência Brasil 

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