Mobilização contra privatização da Petrobras continua em Sergipe

Gilvani Santos, diretora do Sindipetro Al/SE, afirma que a luta em defesa da Petrobras continua (Foto: Arquivo / Portal Infonet)

O encerramento da greve dos petroleiros anunciada no último dia 21, considerada a maior desde a greve de 1995, segundo o Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe (Sindipetro AL/SE), não representa o fim da luta da categoria. Mobilizações continuam na agenda dos sindicatos.

Em Sergipe a greve não chegou a acontecer efetivamente, apenas atos de mobilização e conscientização dos trabalhadores e da população foram realizados. A diretora do Sindipetro AL/SE, Gilvani Santos, lamenta o fim do movimento grevista no país, e lembra que a mobilização deve ser mantida.

“Aqui em Sergipe por conta das transferências e da insegurança dos trabalhadores que aguardavam uma greve desde o ano passado, greve esta que não aconteceu, o movimento não foi igual ao resto do país, mas precisamos continuar lutando em defesa da Petrobras e contra a privatização. O fechamento da Petrobras no Nordeste traz prejuízos enormes que as pessoas e os próprios governos dos estados fingem não enxergar”, diz.

A greve dos petroleiros teve início no Paraná no dia 1º com o anúncio da demissão de cerca de mil trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes, e foi ganhado adesão em todos o país. No dia 20 foi firmado um acordo entre a Petrobras e o Tribunal Superior do Trabalho (TST), motivo que levou os petroleiros a encerrar a greve. Em Sergipe, de acordo com o Sindipetro, três demissões em massa aconteceram em 2019, inclusive a demissão de mais de 400 trabalhadores da Fafen.

“O acordo foi feito apenas para garantir que os funcionários do Paraná não fossem demitidos pelos próximos 15 dias, isso não é garantia. A demissão foi apenas o estopim para a greve, mas a pauta de luta é contra o fechamento das sedes, em especial no Nordeste, privatização da Petrobras, aumento do preço do combustível e o descumprimento do acordo coletivo. Depois de 1995, quando tivemos uma greve de 30 dias, essa foi a maior em termos de tempo e adesão. Não foi uma decisão unânime o fim do movimento, uma parte dos sindicalistas foi contrária à direção. O movimento foi encerrado, a luta não”, afirma.

Gilvani entende que esse não era o momento de encerrar a greve que estava ganhando adesão de muitos movimentos sociais, partidos e da própria população. “A sociedade já entendeu que a privatização da Petrobras acarreta na perda da soberania nacional e isso é totalmente prejudicial, e que as consequências serão sentidas no bolso e na vida dos brasileiros. Agora era o momento de conversar mais com a população e ganhar mais adesão. Era o momento de construir a greve geral contra tudo que vem acontecendo no país, inclusive, a convocação de um ato para fechar o Congresso Nacional e retomar a ditadura no país”, ressalta.

O Portal Infonet entrou em contato com a Petrobras através do e-mail da comunicação da estatal, mas até a publicação dessa matéria não recebemos resposta. O Portal Infonet está à disposição através do e-mail jornalismo@infonet.com.br ou através do telefone (79) 2106-8000.

Por Karla Pinheiro

 

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