Salários: auditores param contra parcelamento

Pedrosa: atividades para atender interesses de contribuintes (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Os auditores fiscais deflagram, a partir desta quinta-feira, 1º, a Operação Parcelamento em protesto à medida do Governo do Estado em fracionar o pagamento dos salários dos servidores públicos. A previsão, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores do Fisco (Sindifisco), Paulo Pedrosa, é que as atividades sejam normalizadas no momento em que o governo pagar os salários integralmente.

O presidente do sindicato informou que os servidores do fisco receberão, na quinta-feira, 1º, até o limite de R$ 2,5 mil e o restante da remuneração será paga em data posterior. “O governo não definiu a data, diz apenas que até o dia 10 pagaria o restante, mas não estabelece data certa”, diz o presidente. Como consequência, os auditores fiscais restringem as atividades, concentrando os serviços somente para atender aos interesses dos contribuintes.

De acordo com o presidente, estarão suspensas, neste período, a transmissão de informações sobre processos fiscais, a emissão de notas fiscais e de guias de recolhimento, registro de entrada de carga, entre outros serviços inerentes à categoria. “Os auditores fiscais só fazem atividades que possam causar prejuízo financeiro ao contribuinte, as outras atividades serão proteladas até que o governo conclua o pagamento integral dos salários”, alerta Pedrosa. 

Mobilização

Os servidores públicos continuam mobilizados, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sintasa), Augusto Couto. Na próxima segunda-feira, dia 5, conforme Couto, as lideranças sindicais vão se reunir para avaliar e decidir sobre as ações que deverão ser desencadeadas pelo funcionalismo público em protesto ao parcelamento de salários.

Na quarta-feira, dia 7, os servidores do fisco realizarão assembleia geral a partir das 15h30 na sede do sindicato também para definir novas estratégias para defender os interesses da categoria e discutir a pauta unificada dos servidores públicos.

O secretário de estado Sales Neto, da comunicação social, informou que o governo está encontrando dificuldades para quitar os salários por causa da postura do Banco do Brasil, que insiste em não permitir os saques dos depósitos judiciais autorizados pela Assembleia Legislativa. O secretário informou que o governo já está adotando medidas jurídicas para garantir o acesso a estes recursos para regularizar o calendário de pagamento.

No mês passado, o governo sacou R$ 97 milhões, referente à parcela depositada no Banco do Estado de Sergipe (Banese), conforme dados confirmados pela Secretaria de Estado da Fazenda. Mas este montante, segundo Sales Neto, não foi suficiente para garantir a regularidade da folha.

Por Cássia Santana

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