Segmento industrial enfrenta falta de matéria prima, aponta CNI

Dos 60% de empresas da Indústria Geral que importam insumos, 65% têm dificuldade de obtê-los, mesmo pagando mais caro (Foto: Arquivo Agência Brasil)

Uma dificuldade a mais para quem produz, a dificuldade para obter os insumos e matérias primas domésticos necessários para a produção atinge 73% das empresas da Indústria Geral e 72% das empresas da Indústria da Construção. Da mesma forma, a dificuldade de abastecimento atinge também as empresas que usam insumos importados. Dos 60% de empresas da Indústria Geral que importam insumos, 65% têm dificuldade de obtê-los, mesmo pagando mais caro.

Os dados resultam da Sondagem Especial realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e que reflete as respostas dos empresários industriais coletadas entre os dias 01 e 12 de fevereiro.

A pesquisa mostrou também que em relação à dificuldade para atender a demanda, percebeu-se que na Indústria Geral, apesar de ainda estar elevada, compreendendo 45% das empresas, a dificuldade se reduziu em relação a novembro de 2020, quando atingia 54% das empresas, e retornou ao patamar observado em outubro de 2020 (44%).

No caso da Indústria da Construção, o percentual de empresas que enfrenta dificuldades para atender a demanda foi de 30% das indústrias, mantendo-se próximo ao observado em novembro (31%).

Normalização somente no segundo semestre

Dos empresários da Indústria Geral que importam insumos e que estão encontrando dificuldades em obtê-los, apenas 5% acreditavam na normalização da oferta de matérias primas e insumos ainda no primeiro trimestre de 2021.  Os que têm expectativa de normalização no 2º trimestre são 34%, enquanto 15% esperam que isso ocorra apenas em 2022.

Na Indústria da Construção as expectativas são parecidas. Apenas 9% das empresas que importam insumos e têm dificuldade de acesso a eles esperavam que a situação se normalizasse ainda no primeiro trimestre. As que esperam a normalização a partir do segundo trimestre são 27%.

A pandemia do novo coronavírus atingiu as empresas industriais de forma abrupta, dado que num primeiro momento as indústrias tiveram que reduzir jornada ou mesmo paralisar as atividades. E em seguida, com o retorno das atividades econômicas houve dificuldade em recompor a cadeia de produção na mesma velocidade que a retomada da economia, ocasionando a falta de insumos e matérias primas seja no mercado interno ou internacional.

Outro fator decorrente desse ciclo é que a maioria das empresas está com dificuldade para cumprir com os pagamentos correntes e ter acesso a capital de giro.

Fonte: GDI/FIES
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