A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa do Nível Superior (Capes) anunciou na última segunda-feira, 2, um corte de 2,5% das 211.784 bolsas ativas em todas as suas áreas de atuação. Este percentual corresponde a 5.613 bolsas que ficariam ociosas a partir deste mês até o final de 2019.
Segundo o Pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Lucindo Quintans, devido a esta medida cerca de 38 bolsas, sendo 26 de mestrado, 6 de doutorado e 6 de pós-doutorado, não serão ofertadas pela instituição.
“É algo terrível para Sergipe e para o Brasil”, lamenta o pesquisador. Segundo ele, é importante frisar que os alunos já contemplados com alguma bolsa não serão afetados. “O corte da Capes diz respeito à paralisação do fluxo contínuo que essas bolsas possuem”, destaca Lucindo. Ainda segundo o docente, com o corte anunciado pela entidade é estimado que a UFS deixe de receber cerca de R$ 2 milhões.
“O mais triste é que se somarmos com as bolsas cortadas pelo CNPq [ Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], nós já temos mais de 100 bolsas descontinuadas. Muitos alunos precisam do dinheiro dos recursos para pagar despesas com alimentação e moradia”, explica Lucindo. Ainda segundo ele, de janeiro a agosto deste ano a UFS já teve aproximadamente R$ 5 milhões cortados.
Segundo a Capes, a medida representa uma economia de R$ 37,8 milhões em 2019, podendo chegar a R$544 milhões nos próximos quatro anos. Ainda segundo a entidade, a parcela principal dos benefícios foi preservada, assegurando-se o pagamento de todas as bolsas ativas.
por João Paulo Schneider e Aisla Vasconcelos
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