Reta final: o que fazer para se dar bem na hora da prova?

Alunos se preparam para o vestibular
O vestibular está chegando e, com ele, o desejo e a ansiedade de entrar numa faculdade acompanham vários alunos. Entretanto, a regra geral para ter um bom desempenho ainda é manter a calma.

 

De acordo com o psicólogo André Barreto Prudente, o estresse e a ansiedade são muito comuns no período do vestibular, mas não devem ultrapassar seus limites naturais. “O vestibular é naturalmente um fator estressante. A pessoa se dedica durante um ano inteiro para fazer uma prova que dura dias. Além disso, o vestibular é erroneamente interpretado como pressão para a escolha de um curso, o que deixa o aluno inseguro de suas tarefas e escolhas. A cobrança deve vir na medida certa, respeitando os limites de cada um”, diz André.

 

André diz que ansiedade atrapalha no resultado do aluno
Para disputar uma vaga na universidade, cada estudante tem o seu método de estudo e suas prioridades, mas André afirma que estudo e lazer também devem andar juntos nesta etapa. “Deixar de sair com os amigos ou com a família não vai fazer com que o aluno passe. Isso só vai aumentar a carga de estresse, gerando uma pressão bem maior, uma responsabilidade acima do normal”, diz ele.

Estudo e lazer

 

A estudante Jacqueline Lima vai prestar vestibular para Engenharia Civil e sabe bem dos transtornos de passar uma ano inteiro praticamente sem sair de casa. “Ano passado, quando fiz meu primeiro vestibular, diminuí bastante as saídas com os amigos. Achava que, quanto mais tempo passasse estudando para as provas, melhor seria o meu resultado, mas deu tudo errado e eu fiquei estressada. Este ano é diferente. Estudo e me divirto com os meus amigos, assim fico mais relaxada e me sinto mais confiante e menos ansiosa”, explica Jacqueline.

 

Thiago concilia estudo e lazer

Thiago Oliveira também passou pela mesma situação da colega e diz que o lazer diminui bastante o estresse. “Ficar em casa só estudando não adianta porque vai ter uma hora em que a mente vai cansar e a pessoa não vai mais aprender nada. Eu mesmo saio com freqüência nos fins de semana, mas durante a semana é só estudo”, afirma Thiago.

 

A experiência também pode ajudar na hora de combater a ansiedade. A concludente de Jornalismo Luana Messias decidiu prestar um novo vestibular e diz que não enxerga a prova com a ansiedade de primeira vez. “Hoje tenho uma visão diferente da que tinha aos 17 anos. Não sinto mais aquele medo nem a pressão das pessoas para que eu escolha a profissão da vida inteira. A própria forma de estudo é diferente porque leio a matéria e já consigo enxergar os pontos principais, que podem ou não ser cobrados. É uma questão de maturidade. Claro que também não há mais a responsabilidade de passar no vestibular porque eu já estou me formando e isso facilita”, diz Luana.

 

Emoção x razão

Longe de pressão, Luana se sente mais segura
A questão emocional também pode ser influenciada pelos pais. “Agora não é momento de cobrança. Os pais devem orientar e apoiar os filhos em suas escolhas. A confiança deixa o aluno mais seguro e sem medo de eventuais repressões familiares, de amigos ou terceiros. É preciso entender que o vestibular faz parte de um ciclo e não representa uma decisão para toda a vida, não é a vida da pessoa que está em jogo. Há muito mais que essa prova. O vestibular deve ser visto como o fim de uma etapa que dá início a outra. A vida é assim”, explica o psicólogo.

 

Diante do processo emocional que envolve a grande maioria dos vestibulandos, o nutricionista Hugo Xavier diz qual a alimentação mais adequada nos dias que antecedem as provas. “Estar disposto e relaxado são os primeiros passos para um bom desempenho. O estímulo da memória pode ser alcançado com uma boa quantidade de peixe. O ideal é não comer alimentos gordurosos, que podem causar indigestão

Hugo fala sobre alimentação ideal
ou mal-estar e investir em frutas e verduras. Levar chocolate e cereal para a hora da prova também é recomendável porque estimula a atividade doa neurônios. Estar hidratado é muito importante também”, explica Xavier.

 

No entanto, esse “cardápio” não vai surtir efeito se o emocional estiver debilitado. “É preciso acreditar no potencial. Se o aluno estudou, ele terá méritos na aprovação. Se, mesmo assim, não passar, é preciso ver o que houve de errado e melhorar no próximo ano, mas o essencial é acreditar que se pode conseguir e que o vestibular não vai mudar por inteiro a sua vida”, finaliza André Barreto.

 

 

 

Por Jéssica Vieira e Carla Sousa

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