Especialista da Unifesp diz que doença de Tevez é grave
A dermatologista titular do departamento na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Valéria Petri, questionou o tratamento da erisipela – doença infecciosa bacteriana, que se aloja na pele e tecido subcutâneo – no atacante Tevez. O diagnóstico da doença é do médico Flávio Faloppa, do Hospital São Luiz, consultor do Corinthians.
A doença se instalou na perna direita de Carlitos e o impediu de treinar na sexta-feira passada. No mesmo dia, o argentino foi internado no Hospital São Luiz, em São Paulo, onde ficou por dois dias. Ele só voltou a treinar na última terça-feira, em Porto Feliz, interior paulista, quatro dias depois de detectada a infecção.
– Ele teve um quadro inflamatório provocado, talvez, por picada de inseto. Foi resolvido com medicação intravenosa e evoluiu bem. O fato de ele ser atleta ajudou. Assim como a rápida intervenção dos médicos do clube – diz Marco Jovino, cirurgião vascular do São Luiz, um dos médicos que atendeu o atleta.
A especialista no assunto, disse temer que o problema de Tevez se agrave.
– Quatro dias de tratamento é pouco. Não se cura erisipela nesse período. Com erisipela não se brinca. Requer repouso absoluto e tratamento por uma semana. Depois disso, são necessários novos exames para ver se o corpo está totalmente limpo. Se não for curada, a erisipela pode se tornar um problema permanente – disse Valéria Petri.
Para ela, se Tevez voltou a treinar quatro dias depois de iniciado o tratamento, houve equívoco no processo médico ou no diagnóstico.
Do lado do Corinthians, o médico Fábio Novi, que acompanhou Tevez enquanto ele esteve internado, diz que confia no diagnóstico e que Carlitos jamais seria liberado para treinar se ele não estivesse curado.
– O departamento médico do clube é atuante. A inflamação foi detectada rapidamente e o tratamento começou logo em seguida.