atualiza com suspensão do meia alemão Torsten Frings) Dortmund, 3 jul (EFE).- Itália e Alemanha jogam amanhã pelas semifinais da Copa do Mundo no Westfalenstadion de Dortmund reeditando um confronto que já aconteceu em outros Mundiais e nos quais a seleção italiana sempre se saiu melhor.
A Alemanha nunca venceu a Itália em uma Copa, com um histórico de dois empates e duas derrotas em quatro partidas. Entretanto, a equipe alemã já atuou 14 vezes em Dortmund e alcançou 13 triunfos e um empate neste estádio, o que estimula os anfitriões a quebrarem a escrita de derrotas para a seleção italiana em Mundiais.
Porém, a superioridade histórica da Itália sobre a Alemanha não é pura casualidade. Os esquemas táticos geralmente adotados pelos times italianos, com uma forte defesa e com rápidos contra-ataques, incomodam os alemães.
O último jogo entre as duas equipes – um amistoso – aconteceu em março e acabou com uma goleada de 4 a 1 para a Itália, resultado que causou uma crise na Alemanha. No entanto, nem alemães nem italianos parecem acreditar que aquele duelo sirva de parâmetro para a partida de amanhã.
“Aquilo foi outro jogo, seria ridículo compará-lo com a semifinal de uma Copa”, disse o atacante italiano Luca Toni, autor de dois gols na partida de março em Florença.
No entanto, o artilheiro parece apostar no “medo” que ele diz que os alemães tem dos italianos, sentimento que pode ter aumentado após a vitória de 3 a 0 da equipe do técnico Marcello Lippi sobre a Ucrânia nas quartas-de-final.
“Eles já nos temiam antes, tomara que nosso 3 a 0 sobre a Ucrânia os tenha deixado em terror”, declarou Toni.
Além da superioridade histórica da Itália, há outro fator que se apresenta contra a Alemanha, as atuações das duas equipes nas quartas-de-final.
A Itália bateu a Ucrânia sem problemas no tempo regulamentar e não se desgastou muito para o confronto contra a Alemanha.
Por outro lado, a seleção alemã teve que batalhar por 120 vinte minutos com a Argentina em busca da classificação. Mesmo que a vitória sobre o time argentino – um dos favoritos para conquistar o título – tenha enchido os anfitriões de moral e confiança, é inegável o desgaste físico e psicológico da Alemanha, principalmente após uma emocionante disputa de pênaltis, que acabou em uma grande confusão.
A briga no final da partida pelas quartas-de-final deixou marcas profundas no time alemão, que perdeu o meia Torsten Frings para o jogo decisivo. O meio-campo foi suspenso pela Fifa por ter agredido o atacante argentino Julio Cruz.
O substituto de Frings será Sebastian Kehl ou Tim Borowski, que tem dado conta do recado quando tem entrado na equipe.
Além disso, há rumores de que o técnico Juergen Klinsmann possa optar por atletas descansados após o desgaste contra a Argentina.
Porém, esta opção deve ser adotada apenas em casos estritamente necessários.
Já na Itália tudo leva a crer que o zagueiro Alessandro Nesta voltará a desfalcar a equipe por causa de problemas físicos e deve ser substituído por Marco Materazzi, que volta à equipe após cumprir a suspensão de um jogo pela expulsão no confronto contra a Austrália pelas oitavas-de-final.
Embora muito se fale do histórico favorável da Itália, a Alemanha tem a esperança de continuar contando com o apoio de sua torcida nas arquibancadas e com a eficiência e dedicação de seus jogadores dentro do gramado.
Prováveis escalações: Alemanha; Jens Lehmann; Arne Friedrich, Christoph Metzelder, Per Mertesacker e Philipp Lahm; Bernd Schneider, Michael Ballack, Tim Borowski (Sebastian Kehl) e Bastian Schweinsteiger; Miroslav Klose e Lukas Podolski.
Itália: Gianluigi Buffon; Gianluca Zambrotta, Marco Materazzi, Fabio Cannavaro e Fabio Grosso; Marco Camoranesi, Gennaro Gattuso, Andrea Pirlo e Andrea Perrotta; Francesco Totti e Luca Toni.
Árbitro: Benito Archundia (México).
Horário: 16h de Brasília. EFE rz fal
Fonte: Yahoo Esportes