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Juan era um menino quando começou a jogar futebol no Flamengo, matriculado como sócio da escolinha. O campo onde deu seus primeiros chutes é o mesmo, na Gávea, e por ele passam muitas crianças em busca de um sonho que em sua época Juan considerava muito distante.
Titular da zaga da Seleção Brasileira 10 anos depois de estrear como profissional do Flamengo, lançado por Joel Santana em 1996, Juan faz um retrospecto de tudo o que viveu, às vezes sem acreditar ter chegado tão longe.
– Não posso dizer que quando comecei na escolinha do Flamengo, sonhava em disputar uma Copa do Mundo. Na verdade, eu não tinha certeza nem se conseguiria ser jogador de futebol profissional.
Juan não só conseguiu como se transformou em um dos zagueiros mais técnicos que o futebol brasileiro conheceu nos últimos anos. Da escolinha, passou para as divisões de base do Flamengo, foi convocado para as categorias de base da seleção, sempre se destacando como seu futebol de estilo, jogando sempre na bola, até fazer seu primeiro jogo como profissional no Campeonato Brasileiro de 1996.
Foram cinco anos de profissional do Flamengo até transferir-se para a Alemanha, para o Bayern Leverkusen. Convocado várias vezes para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2002, jogou outras diversas vezes como titular, para, com surpresa, ser preterido na reta final da chamada dos 23 jogadores que embarcaram para o Mundial.
Juan ficou decepcionado, mas não perdeu a tranqüilidade. Continuou jogando seu futebol, titular absoluto do Bayern Leverkusen. Com Carlos Alberto Parreira voltou a fazer parte da Seleção Brasileira, agora nas Eliminatórias para 2006, foi campeão da Copa América e da Copa das Confederações.
A frustração de 2002 deu lugar à certeza de que, dessa vez, não ficaria de fora do Mundial. Juan tinha a convicção de que estaria na lista divulgada por Parreira.
– Acho que fiz por merecer. Agora, resta retribuir a confiança jogando um bom futebol para ajudar o Brasil a conquistar o hexacampeonato – diz Juan, um zagueiro que passa a maior parte do jogo sem cometer falta.
– Ele é o segundo Aldair! – comenta um admirador do futebol de Juan na Seleção Brasileira.