O LIVRO: AS PERIPECIAS DO ESPORTE SERGTIPANO, 1ª EDIÇÃO

AUTOR: JOEL BATALHA, RADIALISTA, JORNALISTA, ADVOGADO E ESCRITOR

joelbatalhafilho@bol.com.br

 

ANCHIETA E A PRANCHETA

 

 

               Wilson Anchieta, umas das principais lideranças do esporte amador sergipano, tem presença marcante neste livro. Empresário do ramo farmacêutico. Sempre integrado ao Serviço Social da Indústria-SESI, por mais de 30 anos prestou seus serviços profissionais àquela instituição como Chefe do Departamento de Esportes e Lazer. No esporte propriamente dito, Anchieta começou a sua vida na equipe de Os Diferentes, tradicional clube amador da capital sergipana. Mais de 30 anos de existência. Mesmo sendo um time amador chegou a ter uma organização superior a vários clubes tidos como  profissionais em Sergipe. Não é  filiado a nenhuma liga ou federação. O nascimento desse clube aconteceu durante um encontro em que fazia parte o trio formado pelo antigo jogador Bia e o ex-árbitro Cristóvão Junot e Wilson Anchieta.

             Na gestão de Wilson Anchieta, o time de Os Diferentes realizou memoráveis excursões pelos Estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia, causando as melhores das impressões, dada a sua organização. Com sucesso, participou dos campeonatos da FUGASE, tendo conseguido vários títulos. Sua gloriosa camisa foi defendida por craques consagrados, entre eles Dequinha, Lima, Marcelo Bezerra, Raimundinho, Dema, Jolindo, Tomaz, Góis, Luiz Pedro, Juquinha, Gilton, Israel Schuster, Minerval, Sabará, Mundinho, Laurindo, Vevé, Garrinchinha, Djalma Ligeirinho, Gilbertão, Bia, Zé dos Anjos, Freitas, Ismael Sarmento e  outros. Teve, em sua direção técnica, nomes como Cazuza, Antônio Menezes, Carlão e Godofredo Chagas Ramos.

                Anchieta fez parte do Conselho Deliberativo do Clube Sportivo Sergipe, sendo também Tesoureiro. No SESI, foi incumbido de incentivar o esporte amador nas empresas com a participação maciça dos operários sergipanos, comandando as Olimpíadas Industriárias, patrocinadas pela Rede Globo de Televisão.

                 Na política, Anchieta teve uma boa  participação. Em 1979, foi convidado pelo Governador Augusto Franco a prestar seus serviços na Secretaria de Estado da Educação, a qual tinha como Secretário o Deputado Federal Antônio Carlos Valadares. Foi designado para ser o Diretor de Praças de Esportes do Governo do Estado. Por sinal, fez uma profícua administração, ganhando principalmente a simpatia dos adeptos do esporte amador. Na sua administração,  o primeiro passo foi atender a reivindicação dos desportistas sergipanos em ampliar a dimensão do gramado do Estádio  Lourival Baptista.  Foi vereador por Aracaju na década 90.

        No time Os Diferentes, além de ser patrono, tentava enganar os torcedores, achando que jogava futebol. Dizia que jogava de extrema direita. Numa partida de futebol, realizada no Estádio Sabino Ribeiro, o goleiro titular faltou e quem foi jogar no lugar dele?: Wilson Anchieta, que em todos os momentos ficava de uma trave para outra, igualzinho a uma “barata tonta”. Sabe o motivo? Wilson, como farmacêutico, dava “estimulante” para os seus atletas ingerirem, a fim de que o preparo físico da turma superasse a do time adversário. Normalmente, fazia isso. Só que ele não previa jogar no gol e tomou o remédio estimulador, gerando para si a  inquietude. Foi um Deus nos acuda.

       Na década 80, o time de Os Diferentes foi jogar em Maceió. Chefiando a delegação, dentro do ônibus, Anchieta gostava de tirar uma de “guia turístico”. No andar da carruagem, em determinado momento a turma tirava uma “onda” com Anchieta, fazendo várias perguntas e uma delas partiu de Gilbertão: “Wilson que placa é aquela?” Wilson: “É a placa de pare”. Souza, o jogador mais gozador do time, perguntou: “E aquela que tem dois animais?” Wilson: “Aquela placa diz: ´aqui vende leite´”. Todos riram… A placa indicativa dizia a existência de  um curral.

         No futebol de bairros de Aracaju, teve uma atuação significativa. Com sua influência, conseguiu construir campos de peladas, inclusive o “Anchietão”, no conjunto Bugio, cuja iniciativa da sua  denominação foi deste jornalista, que na época fazia parte da diretoria da Liga Sergipana de Futebol Menor. Foi Vice-Presidente da Federação Sergipana de Futebol de Salão.  Tornou-se “normal” como desportista Anchieta, em suas atividades, andar com uma “prancheta” na mão, fazendo suas anotações.

 

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