Deputado pede prioridade na vacinação de bancários 

Diante da notícia do fechamento temporário de uma agência do Banese em Aracaju devido a contaminação de vários funcionários por covid-19, o deputado Luciano Pimentel (PSB) solicitou durante sessão desta quarta-feira, 5,  priorização na vacinação dos bancários em Sergipe.  

De acordo com o parlamentar, depois do transporte público, as agências bancárias são os locais com maior foco de contaminação da covid-19. “ Um infectado pode transmitir a doença para centenas de pessoas. E quantas pessoas são atendidas por dia pelos bancários? Um caixa executivo atende, por dia, pelo menos 150 pessoas. Com o auxílio emergencial, as pessoas estão aglomeradas nos bancos e os bancários estão adoecendo. Exemplo disso foi a agência do Banese aqui em Aracaju que teve que fechar porque vários funcionários adoeceram.  É preciso priorizar a vacinação dos bancários para proteger a vida deles e dos clientes”, afirma. 

O parlamentar lembrou aos colegas que apresentou um projeto de lei que determinava vários cuidados sanitários que os bancos deveriam adotar, mas que não foi levado adiante porque a Procuradoria Geral do Estado (PGE) entendeu que essa era uma questão trabalhista. 

“Eu e minha assessoria jurídica entendemos essa questão como sanitária, estamos tratando de vidas. Vou entrar em contato com a PGE para retomar o projeto inicial e tirar essa questão trabalhista e, desde já, peço apoio e sensibilidade dos colegas para aprovação dessa matéria”, enfatiza. 

O deputado lembrou que os bancos estão apresentando lucros bilionários no primeiro trimestre de 2021, superando o mesmo período de 2020, e que precisam dar uma contrapartida à sociedade. “Enquanto os bancos apresentam lucros bilionários, 16 milhões de brasileiros não têm renda nenhuma. Fala-se muito da informatização dos serviços bancários, mas muita gente precisa de ajuda dos funcionários para colocar até o cartão no caixa eletrônico. É necessário priorizar a vacinação desses funcionários que desenvolvem uma atividade essencial”, conclui.  

Por Karla Pinheiro