Reajuste da PMA divide opiniões entre os servidores

João Augusto argumenta com o secretário de Administração Edgard Silveira (Fotos: Portal Infonet)

O anúncio do reajuste linear de 6,5% para os servidores públicos municipais, apesar de ser superior a inflação acumulada, não agradou a todas as categorias. Os médicos prometem paralisar as atividades na próxima terça-feira, 20 e os agentes de saúde e de endemias, anunciaram que a greve retomada no último dia 5 de maio, vai continuar.

“Em relação aos médicos, não houve respeito às propostas. O prefeito havia prometido que se a categoria suspendesse uma greve anunciada para março, atenderia às reivindicações quanto a incorporação das gratificações sem o desconto previdenciário, mas agora ficamos surpresos porque não houve nenhuma análise das propostas dos médicos para 2014 e pontos da nossa pauta de 2013 devem ser atendidos apenas em 2015. Isso preocupa e não sei se a categoria vai aceitar. Eles têm um entendimento jurídico de que do jeito que está, não haverá desconto previdenciário, mas sabemos que não é bem assim”, reclama o presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe, João Augusto Oliveira.

Roberto Messias, representante dos agentes de Saúde e Endemias

Roseli Anacleto e Marcos Santana agradecem ao secretário Alvimar Rodrigues

Marlene destaca dívida com o Sepuma

João Alves Filho fala sobre o reajuste

O sindicalista disse ainda que a categoria vai paralisar as atividades na próxima semana. “Os médicos vão fazer uma paralisação na terça-feira, 20 e na quarta, 21. A secretária Marlene Calumbi disse que poderão fazer posteriormente uma mudança na nomenclatura e que a mesa de negociações estará aberta, mas o que queríamos era uma resposta imediata e não o que aconteceu aqui, o que nos causa estranheza”, lamenta o presidente do Sindimed.

“A incorporação de uma gratificação de quase R$ 60 aos nossos salários, não nos leva a encerrar a greve. Essa incorporação não era surpresa pra gente, o que reivindicamos é um piso pelo menos próximo do que está sendo discutido em Brasília [R$ 1.014] e não uma gratificação de 10% só para a letra A. Com isso, a greve continua sim”, destaca o presidente do Sindicato dos Agentes de Saúde e de Endemias, Roberto Messias da Silva.

Aprovação

Já a presidente do Sindicato dos Assistentes Sociais, Roseli Anacleto, estava comemorando a incorporação das gratificações. “Era o que nós estávamos lutando, pois apenas os médicos haviam conseguido incorporar as gratificações aos salários. Estamos satisfeitos e agradecidos ao secretário da Saúde, Alvimar Rodrigues, pela interferência em nosso favor, pois estávamos travando uma grande batalha”, ressalta.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Odontólogos, Marcos Santana, “o índice de reajuste um pouco maior do que a inflação agradou a nossa categoria, além da incorporação das gratificações, luta dos odontólogos, enfermeiros e assistentes sociais. Claro que temos outras reivindicações na pauta e não recebemos a tabela para ter uma noção do que foi concedido”, complementa.

O reajuste para os professores já havia sido anunciado. Os profissionais do magistério conquistaram um percentual de reajuste do Piso, de 8,32%, para todos os níveis retroativo a janeiro.

Estudos

O prefeito João Alves Filho disse que a equipe fez estudos para chegar ao reajuste de 6,5% para os servidores e de 8,32% para os professores. “Fizemos muito esforço e estudos meticulosos para chegar aos índices, pois não podíamos dar um aumento a uma classe e prejudicar outra. Estamos dando um reajuste que não apenas repõe a inflação, mas oferece um ganho real”, enfatiza.

Antes do anúncio, a secretária de Governo, Marlene Calumbi fez uma explanação em nome da Comissão Permanente de Negociação foi criada em 2013. E mostrou que a Prefeitura firmou acordo com o Sindicato dos Servidores, o Sepuma, para liquidar uma dívida decorrente de administrações anteriores.

“Essa dívida perdurava há mais de dez anos e é relativa aos avanços horizontais que os servidores tem o direito de receber a cada dois anos, mas o importante mesmo é o aumento significativo do valor de contribuição previdenciária, com reflexo direto no aumento do futuro provento do servidor ao se aposentar. E recebimento de valores mais significativos nos casos de afastamento do servidor por licença médica”, afirma Marlene Calumbi.

Com o aumento, o salário base dos servidores passa a ser de R$ 749,23, superior ao salário mínimo nacional [R$ 724] e será pago na próxima folha.

Por Aldaci de Souza

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