Secretária fala sobre leitos de UTI, kit intubação e oxigênio em SE

Secretária de Saúde, Mércia Feitosa, prestou contas aos deputados estaduais na Alese (Foto: Reprodução de vídeo da Alese)

A secretaria de estado da Saúde, Mércia Feitosa, esteve na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) nesta terça-feira, 30, para fazer a prestação de contas do terceiro quadrimestre de 2020. Durante a sessão, a secretária falou sobre leitos de UTI e medidas mais restritivas para conter a proliferação da Covid-19 em Sergipe.

Os deputados estaduais Iran Barbosa (PT) e João Marcelo (PTC ) questionaram a gestora sobre a necessidade de o Estado de Sergipe adotar medidas mais restritivas para conter a proliferação do vírus, assim como vem acontecendo em outros estados.

De acordo com a secretária, nesta quarta-feira, 31, o Comitê Técnico fará uma nova reunião para avaliar os casos de Covid-19 e os efeitos do toque de recolher. Ela informou que se necessário, medidas mais severas serão adotadas.

“É certo que os traumas, provocados por acidentes, reduziram com o toque de recolher. Com isso, a gente reduz as cirurgias no Huse e desafoga a ala vermelha. Mas, em relação aos resultados voltados para a covid-19 ainda é precoce. Temos que ter um tempo maior para refletir e repercutir os casos de covid-19”, explica Mércia Feitosa que fala ainda sobre a possibilidade de novas medidas.

“Não entendo como medidas severas, entendo como medidas necessárias e pertinentes que devem ser adotadas para conter esse avanço, e se for preciso, serão adotadas. Mas, lembramos que a população precisa se somar nessa luta, porque o aumento de casos se deve a aglomeração e falta de utilização de medidas sanitárias”, enfatiza.

Leitos

A deputada Kitty Lima (Cidadania) líder da oposição na Alese, questionou a gestora sobre o fechamento de leitos de UTI para covid-19, contratados na primeira onda da doença, e abordou a situação verificada pelos Ministérios Públicos de Sergipe e do Trabalho, durante fiscalização no Hospital Amparo de Maria, no município de Estância, realizada no último sábado, 27, quando detectaram que estão em funcionamento leitos de UTI em número menor do que os contratados pelo Estado.

Deputada Kitty Lima (Cidadania) cobrou da secretária explicação sobre os leitos de UTI (Foto: Reprodução de vídeo Alese)

Sobre a questão dos leitos de UTI contratados na primeira onda, a gestora explicou que os prestadores (hospitais) são livres para definir se mantém ou não os contratos de leitos para o Estado, e que três hospitais optaram por não manter os leitos ativos.

“A partir de julho, houve gradativamente a redução dos casos. Então, alguns hospitais optaram por não manter os leitos. Quando necessitamos agora de novos leitos, esses hospitais nos atenderam e já conseguimos contratar, mas eles têm liberdade para manter os leitos ou não, e foi isso que aconteceu”, explica.

Sobre a questão do Hospital Amparo de Maria, a secretária informou que a situação já foi esclarecida junto aos Ministérios Públicos. “Os 20 leitos não foram desativados. Só não estávamos ocupados porque não estava havendo necessidade, e não tínhamos equipes suficientes para manter todos funcionando. São 12 leitos em uma UTI e oito em outra. Tínhamos que ter três equipes, mas só conseguimos montar duas equipes. Então, numa UTI funciona oito leitos e, em outra 10 pois tiramos dois leitos por falta de equipe”, justifica.

A secretária falou ainda da ampliação de leitos de UTI para Covid-19. Ele explica que existem alguns problemas, a exemplo de falta de profissionais, oxigênio e medicamentos, mas que o estado está buscando caminhos para fazer essa ampliação.

“Estamos avaliando abrir 10 leitos de UTI dentro do Hospital Regional de Itabaiana. Podemos abrir mais seis leitos no Hospital da Polícia, e fomos informados pelo município de Aracaju que há a possibilidade de abrir de oito a 10 leitos no Hospital Santa Isabel. Fomos informados hoje, ainda não dialogamos, mas vamos iniciar as tratativas”, adianta.

Kit Intubação

Sobre os kits de intubação, composto por quatro medicações entre relaxantes musculares e sedativos, a gestora conta que há tratativas com os fornecedores e que o Ministério da Saúde já fez uma requisição administrativa ao maior fabricante do país e fará a distribuição aos estados. conforme a necessidade de cada localidade.

“Sobre a questão do oxigênio, estamos em tratativas com nosso fornecedor e com o Governo da Bahia, já que lá há fabricação do oxigênio medicinal do nosso fornecedor, e com a White Martins, que irá avaliar nosso pedido. Estamos em tratativas para garantir que não falte oxigênio em Sergipe”, afirma a secretária.

Por Karla Pinheiro

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