Aracaju registra baixo risco para epidemia do Aedes aegypti

A cidade voltou a alcançar 0,9 de Índice Predial em novembro (Foto: Ana Lícia Menezes/PMA)

Aracaju está entre as cidades com baixo risco para o aparecimento de surtos ou epidemias de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O dado foi divulgado na manhã desta segunda-feira, 18, pelo prefeito Edvaldo Nogueira, durante a apresentação dos resultados da 6ª avaliação epidemiológica realizada na capital sergipana em 2019.

Segundo o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), a cidade voltou a alcançar 0,9 de Índice Predial em novembro, representando uma queda de mais de 64% em relação a julho, quando a cidade teve o maior pico registrado no LIRAa (2,6). Com isso, a capital registra o melhor resultado do ano na avaliação.

“No quarto LIRAa, a cidade estava com 2,6 e agora, estamos com 0,9, o que significa que estamos com baixo risco. Isso é uma grande vitória porque Aracaju não teve epidemia. Aumentaram os casos, mas nós conseguimos controlar com todo o trabalho que colocamos em prática. Passamos a realizar mutirões aos sábados, incluímos as visitas noturnas às residências que estavam fechadas durante o dia, envolvemos os agentes de limpeza no combate, usamos a tecnologia, enfim, realizamos uma verdadeira força-tarefa e conseguimos baixar o LIRAa, então estou muito feliz”, destacou o prefeito.

Bairros

Os dados apontados no último ciclo de 2019 revelam que, dos 43 bairros de Aracaju, 26 apresentam baixo risco, o que representa 60% das localidades. A análise também mostra que 15 estão com médio risco e, apenas, dois bairros,com alto risco, sendo eles o Cidade Nova e o Dom Luciano. O levantamento também assinala para outra mudança: o percentual de criadouros para o Aedes aegypti. Enquanto no 5º LIRAa 5,5% das larvas eram encontradas em locais com acúmulo de lixo (terrenos baldios e pontos de descarte irregular de lixo), na última análise foi verificado que somente 2% dos focos permaneceram nessas áreas.

“Nestes dois bairros que ainda estão com índices elevados vamos intensificar ainda mais o combate ao mosquito para que os números sejam diminuídos neles também. Não vamos dar moleza para o Aedes aegypti. As equipes continuam nas ruas, em alerta, e tenho certeza de que vamos obter resultados positivos nessas comunidades também. O nosso Plano de Intensificação deu certo e vencemos mais uma batalha. Mas a guerra com esse mosquito é permanente e não baixaremos a guarda em momento nenhum”, ratificou Edvaldo.

Cruz Vermelha

Para aumentar a eficácia das ações de combate ao mosquito da dengue, a Prefeitura de Aracaju firmou, durante a solenidade de apresentação do LIRAa, uma parceria com a Cruz Vermelha Brasileira, uma associação civil, sem fins lucrativos, de natureza filantrópica. O objetivo do convênio é implementar atividades de conscientização e prevenção, junto à população, usuária do SUS de Aracaju, para que a capital continue livre de surtos e epidemias de doenças transmitidas pelo mosquito.

Pelo termo de cooperação, a Cruz Vermelha doará kits com materiais educativos (panfleto e folder), repelente, aerosol inseticida e repelente elétrico com refil líquido, para mais de mil famílias. À Prefeitura, através da Secretaria da Saúde, caberá apresentar informações técnicas necessárias para a execução do termo, especialmente com a indicação dos locais com maior número de focos do mosquito. Também será de responsabilidade da gestão municipal a disponibilização de agentes de saúde para acompanhar os voluntários durante as entregas dos kits, e atuar como facilitadores de acesso aos domicílios e como difusores do projeto nas comunidades beneficiadas.

“É motivo de muita satisfação ter a Prefeitura como parceira para que possamos fazer este trabalho nas comunidades para encerrar o ciclo deste mosquito que causa tantas doenças. Ficamos muito honrados. É um projeto que já ocorreu no Brasil inteiro e agora chega a Sergipe”, afirmou o representante da Cruz Vermelha em Sergipe, Diego Andrade. Além da doação de kits, a instituição desenvolverá atividades educativas em escolas das localidades com maior índice de infestação.

Com informações da PMA

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