Bebês na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (Foto Ilustrativa/Arquivo Portal Infonet)

Em Sergipe, já são 49 casos de microcefalia [anomalia que faz com que bebês nasçam com perímetro cefálico menor do que a média]. A confirmação foi feita pela Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, que vai reunir a imprensa na manhã desta sexta-feira, 13, para esclarecer se os casos têm ou não relação com a contaminação das gestantes pelo vírus da Zika, transmitido pelo mosquito Aedes Aegipty [que também causa a Dengue e a Chicugunya].

Segundo a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, "dois casos de microcefalia foram registrados na unidade de Saúde nesta quinta-feira, 12, sendo 28 registros em dois meses e em todos eles, as mães tiveram relatos de doenças como a Zika".

Na coletiva de imprensa marcada para as 9h30 no auditório da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, representantes da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) irão esclarecer sobre os casos suspeitos de microcefalia em Sergipe, bem como reforçar o acompanhamento e a investigação na Rede Materna Estadual.

Emergência

Na quarta-feira, 11, o Ministério da Saúde divulgou um relatório sobre os casos da doença em todo o país, tendo decretado Estado de Emergência em Saúde Pública no Brasil. somente no Estado de Pernambuco, são 141 casos suspeitos em recém-nascidos, número 15 vezes superior à média apresentada no período de 2010 a 2014, quando foram registrados nove casos durante todo o ano no estado.

A microcefalia é uma doença que faz com que bebês nasçam com perímetro cefálico menor do que a média e pode ser provocada por desnutrição da mãe, abuso de drogas até infecções durante a gestação, como rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, podendo deixar sequelas e levar à morte. Mas, atualmente, existe a suspeita de que o surto esteja sendo registrado pela contaminação da mãe pelo vírus Zika [que vem atingindo principalmente os estados do Nordeste], transmitido pelo Aedes Aegipty e que provoca febre baixa, coceiras e manchas vermelhas pelo corpo.

Por Aldaci de Souza