FHS adquire medicação para tratamento

Dantroleno (Foto: Ascom FHS)

Em dezembro de 2010, a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) implantou as Comissões de Farmácia e Terapêutica. Durante todo o ano de 2011, os participantes das comissões trabalharam para a padronização de uma relação de medicamentos e produtos de saúde para as unidades gerenciadas pela fundação.

Um dos frutos deste trabalho foi a aquisição do medicamento 'dantroleno' para todas as unidades que realizam procedimentos cirúrgicos. Esta é a primeira vez que o medicamento é disponibilizado na rede pública. “Temos alguns anestesistas nas Comissões de Farmácia e Terapêutica que levantaram essa demanda. Fizemos uma análise de viabilidade e da necessidade. Decidimos padronizar esse medicamento”, frisou Rafael Santana , gerente de Assistência Farmacêutica da Fundação Hospitalar.

O 'dantroleno' trata da Síndrome de Hipertermia Maligna que se manifesta durante procedimentos cirúrgicos. “A substância já está disponível no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes e nos hospitais de Capela, Itabaiana e Nossa Senhora da Glória. Conforme formos abrindo outros centros cirúrgicos, vamos fornecendo a medicação”, destacou o diretor-geral da FHS, Emanuel Messias.

Cada unidade recebeu um kit com 40 ampolas. O valor do kit foi de R$ 4.632. “Caso a unidade precise utilizar, temos um kit em estoque para reabastecê-la imediatamente”, destacou o coordenador de Suprimentos da FHS, Leonardo Vacário.

Síndrome

A Hipertemia Maligna é uma doença genética causada por alteração cromossômica. É uma doença rara que, em geral, se manifesta durante a cirurgia por conta do uso de alguns anestésicos. ?Quando ela acontece, se não tiver pronto para agir, o paciente vai a óbito?, reforçou o anestesista Marcos Albuquerque, que integrou uma das comisões farmacêuticas.

A síndrome consome todo o metabolismo do paciente. Por conta do aumento da temperatura corporal, todas as reservas de oxigênio e de energia são consumidas. A temperatura se torna imprevisível.

Uma das suspeitas da síndrome é que, durante o ato anestésico, o paciente sofre um aumento no nível de CO2. “A síndrome é investigada em pacientes que tenham doenças musculares ou com casos na família. Só temos certeza da doença através da biópsia muscular. Essa síndrome afeta mais as crianças”, destacou Marcos Albuquerque.

Segundo o anestesista, é possível diagnosticar a síndrome nas cirurgias eletivas. “No entanto, durante cirurgias de emergência, não temos como fazer o teste. A medicação facilita o trabalho do anestesista porque quando a gente suspeita da síndrome, já precisamos dispor da medicação”, relatou.

Fonte: Ascom FHS

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