Muitas pessoas não sabem, mas a grande diferença entre o abatedouro clandestino e o regulado, é a fiscalização. Uma carne clandestina pode se assemelhar a uma carne fiscalizada, mas para se ter certeza da procedência, é necessário conhecer sua origem.
Durante o abate em matadouros clandestinos pode haver, por exemplo, animais que morrerem em decorrência de alguma doença, o que gera a contaminação da carne e, consequentemente, complicações para a saúde do consumidor. Apenas a fiscalização pode prevenir tais ocorrências.
De acordo com o médico infectologista da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Marco Aurélio, o cuidado com o alimento deve se dar antes, durante e depois do abate para que a qualidade e segurança da carne sejam garantidas. “É necessário não somente se preocupar com o alimento antes ou depois do abate, mas também durante, desde as pessoas que lidam com a carne, a proteção que devem utilizar, também deve existir a refrigeração adequada. Essas são questões importantes que vão impedir possíveis infecções para a população”, explica o médico.
Para Marco Aurélio, o principal risco que a contaminação dessas carnes pode trazer aos consumidores é a proliferação bacteriana. A carne é um alimento que tem muita proteína, o que favorece a multiplicação de várias bactérias, principalmente no clima quente e úmido.
“Várias bactérias e doenças podem ser geradas, como o estafilococos, agente infeccioso, presente nas mãos das pessoas, e que também produzem toxinas. Ao ingeri-las imediatamente causará febres, mal-estar, podendo levar ao óbito. Os coliformes fecais também podem infectar as mãos das pessoas, por não terem o cuidado que teriam em um local que estivesse sob vigilância. Além dessas, podem gerar doenças vindas dos animais infectados, as zoonoses, provocando a Cisticercoses, geradas principalmente das carnes de boi e porco malcozidas, ocasionando no ser humano o aparecimento da Tênia, conhecida popularmente como solitária”.
O médico ressalta, ainda, que o mais importante é saber a procedência da carne e após a compra do alimento ter os devidos cuidados. “A dica que eu dou para a população é saber se carne tem selo, uma procedência segura, e até o consumo, deve mantê-la congelada para tentar eliminar bactérias, manter a qualidade dessa carne”.
Fonte: SES
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