Ipesaúde alerta para a prevenção e Combate à Hipertensão Arterial

A cardiologista do Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde), Isabella Resende

Nesta quarta-feira, 26, é o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Trata-se de uma doença crônica, que não tem cura, mas que tem tratamento. Por isso, a importância da prevenção.

De acordo com a cardiologista do Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde), Isabella Resende, quando o paciente descobre precocemente que tem pressão alta, é possível tratar e baixar os níveis pressóricos, mas segundo ela, o tratamento tem que ser contínuo, para o resto da vida.

Conforme a médica, os níveis pressóricos ideais são os que estão abaixo de 139 e 89 mmHg. “Os pacientes que estiverem acima desses índices, já devem ligar o sinal de alerta”, ressaltou. Ela disse ainda que a hipertensão é uma doença multifatorial, que leva em consideração os fatores genético e ambiental.

“A pessoa que tem geralmente o pai ou a mãe hipertenso tem uma tendência familiar a ser também. E aí quando tem o fator ambiental associado, isto é, a pessoa tem um emprego estressante, ganha peso, consome comida com muito sal, isso tudo somado faz com que em determinado momento ela se torne hipertensa”, afirmou.

Isabella destaca que há pessoas que não apresentam sintomas nenhum e esse é considerado um problema. “A hipertensão muitas vezes se apresenta de forma assintomática. A pessoa descobre por acaso. Vai fazer uma medida de pressão, por algum motivo, e aí identifica que a pressão está alta”, informa.

Conforme a especialista, a hipertensão também se apresenta com sintomas como cefaleia, principalmente a occipital, que é a dor localizada na porção posterior da cabeça; tontura, dispneia, que é a falta de ar; e às vezes sente dor no peito, entre outros sinais clínicos.

“Quando é assintomática, a hipertensão é chamada de assassina silenciosa, ela vai matando aos poucos e quando o primeiro sintoma aparece é um infarto do miocárdio. O paciente nunca descobriu que tinha pressão alta e abre o quadro com uma doença grave”, enfatiza.

Prevalência

A hipertensão é mais prevalente no idoso, principalmente a sistólica. Segundo Isabella Resende, com a idade as artérias vão se calcificando e ao ocorrer isso, há uma pressão mais elevada dentro das artérias, o que leva a um quadro de aumento da pressão arterial.

Ela explicou ainda que apesar de ser mais comum no idoso, atualmente há muitos jovens e até crianças hipertensas, em razão do excesso de sedentarismo, do consumo de embutidos, que têm muito sal, e da obesidade. “Isso tudo está levando as crianças e adultos jovens a se tornarem hipertensos mais cedo, são fatores de risco da doença”, salientou.

Diagnóstico

A cardiologista informou que o diagnóstico é feito no consultório, com a verificação da pressão do paciente. Com base no resultado da medição são feitos alguns exames como Mapa, que é a medida de pressão arterial de 24 horas, existe também a medida residencial da pressão, chamado Mapa Central, que mede a pressão central da aorta do paciente em 20 minutos. Têm também outros exames que não são específicos para a pressão, mas que ajudam a identificar como a pressão alta está interferindo, é o caso do ecocardiograma, onde pode ser observado se as cavidades estão aumentadas, se o coração está mais grosso; do teste ergométrico que verifica se o paciente já tem alguma isquemia; e do exame de sangue que verifica se há alguma alteração renal. “A solicitação dos exames vai depender do perfil do paciente, para avaliar o quanto a pressão está alta e como vai ser realizada a intervenção”, disse.

Tratamento

Isabella Resende afirmou que na maioria dos casos o tratamento é medicamentoso. A não ser para aqueles pacientes que tenham uma hipertensão leve e um estilo de vida bastante ruim, no qual o médico pode até tentar iniciar um tratamento para mudar o estilo de vida, objetivando a perda de peso, com a indicação de uma atividade física, a fim de realizar um tratamento não farmacológico.

Na maioria dos casos, entretanto, já se começa com o tratamento farmacológico. “Depois, se a hipertensão dele for secundária a uma obesidade ou a uma doença na suprarrenal, por exemplo, aí esse paciente pode parar de tomar remédio. Inicialmente tem que entrar com a medicação para evitar que a doença evolua e ele tenha problemas maiores”, ressaltou.

A especialista disse que o ideal é que as pessoas previnam as doenças causadas pela hipertensão. “Se você descobrir que é hipertenso e prevenir vai evitar uma série de doenças, a exemplo de infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC), doença renal terminal, doença periférica arterial e doença do fundo do olho”, informou.

Ela destacou também que a prevenção evita gastos financeiros e garante melhor qualidade de vida. “É muito mais importante prevenir a doença do que tratar. Por isso, que essas datas de prevenção de doença são importantes, porque prevenir é fundamental e nesse caso tem como prevenir com a adoção de uma vida mais saudável, mais regrada e com a consulta ao médico periodicamente, porque mesmo que a gente não consiga prevenir, pelo menos, começa a tratar a doença e evita os seus malefícios”, alertou.

Atividade no Ipesaúde

Com o objetivo de marcar a passagem do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, nesta quarta-feira, 26, pela manhã, em todas as unidades do Ipesaúde, será realizado um momento de conversa sobre a prevenção da hipertensão arterial sistêmica.

Fonte: Ipesaúde

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Clique no link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acessos a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais