LIRAa: 60,4% dos bairros de Aracaju têm baixo risco de infestação

60,4% dos bairros de Aracaju apresentam baixo risco de infestação de aedes (Foto: SMS)

O primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2021, realizado entre 4 e 8 de janeiro, aponta que o índice de infestação geral de Aracaju passou de 0,9 (registrado em novembro), para 1,0. Dessa forma, a capital muda de faixa na classificação de risco, passando para médio risco para aparecimento de surtos ou de epidemias.

O LIRAa registra ainda que, dos 43 bairros de Aracaju, 26 bairros (60,4% da cidade) foram classificados em baixo risco, considerado satisfatório, e 17 bairros em médio risco (39,6%). Nenhum bairro da cidade foi classificado com alto risco de epidemia.

Cinco bairros sofreram alta no novo levantamento. São eles: 18 do Forte, que passou de 1,1 para 2,4; Cidade Nova, que antes apontava 2 e subiu para 2,4; Dom Luciano, que estava com índice de infestação zerado e aumentou para 2,1; São José, que antes registrava 2,0 e passou para 2,2; e o bairro Suíssa, que foi 1,4 para 2,0.

Entre os bairros que conseguiram zerar o índice de infestação está o Getúlio Vargas, Grageru, Jabotiana, Lamarão, Pereira Lobo e Ponto Novo. O Jardins, que antes registrava 2,0, também reduziu a zero o índice de infestação, sendo o bairro com o melhor resultado.

“Nesse período de verão, infelizmente, é comum encontrar esse aumento nos índices do LIRAa. Sobretudo, nos bairros da Zona Norte, na parte alta da cidade, muito proveniente da necessidade que as pessoas têm de acumular água. Já nos bairros da região Centro Sul, a característica muda e temos encontrados focos nos ralos, caixas de drenagem da água da chuva e nas calhas”, descreve o gerente do Programa Municipal de Combate ao Aedes aegypti, Jefferson Santana.

No que se refere às calhas dos imóveis, o gerente chama a atenção tanto para os residenciais, como os comerciais. “Locais como templos religiosos, supermercados e escolas, geralmente são maiores e possuem calhas muito grandes. A limpeza deve ser feita com cuidado, levando em conta toda a extensão da calha, para que a água não fique acumulada”, ressalta.

Maiores criadouros

Os imóveis continuam sendo os locais com maior número de focos do Aedes aegypti, principalmente reservatórios, a exemplo das lavanderias e caixas d’água, tendo o percentual de 76,3%. Comparando com o último levantamento de 2020, houve uma leve alta de 13,2%.

Os vasos de plantas, lajes e ralos são o segundo maior criadouro do mosquito, apontando 18,6%. Mesmo com essa posição, em comparação com o LIRAa de novembro, houve uma queda de 36,7%, quando esses locais representavam 29,4% dos criadouros.

“É preciso ter o cuidado de manter esses reservatórios tampados, pois quando isso não acontece, em poucos dias, temos o mosquito circulando, assim como o vírus, o que faz as pessoas adoecerem. Já em janeiro, temos notificação das três doenças, provenientes desses índices do novo LIRAa”, considera Jefferson Santana.

Este ano, foram notificados junto à Secretaria Municipal da Saúde, seis casos de dengue, 33 de chikungunya, com 13 confirmados; e uma notificação de zika. Jefferson chama atenção para esses primeiros números do ano, visto que eles contribuem significativamente para a alteração da faixa de classificação de risco, colocando a cidade em alerta.

“Nesse período de verão, o mosquito tem uma fase de desenvolvimento encurtada, saindo da fase de ovo para a fase adulta no período de uma semana. Então, com a chuva do último sábado, por exemplo, se o depósito ficou descoberto acumulando água após a chuva, ele faz a desova no mesmo dia e, se a água não for descartada, teremos mosquito voando no próximo final de semana”, explicou o gerente do Programa de Combate ao Aedes.

 

Fonte: PMA 

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