Com mais um caso de leishmaniose visceral [calazar] registrado em Sergipe, após um menino de três anos ter morrido pela doença, a população volta a ficar em alerta. Dessa vez, o que chama atenção, é que o paciente, um adolescente de 16 anos, confundiu a doença com Chikungunya e está em estado grave no Hospital de Urgência de Sergipe.
O médico infectologista da Secretaria de Estado da Saúde, Dr. Marco Aurélio, em entrevista ao Portal Infonet elencou alguns sintomas da calazar para ajudar no diagnóstico e evitar o agravamento da doença.
– Febre intermitente
“Um dos sintomas é a febre intermitente, que é quando uns dias a pessoa tem febre e em outros não, ela vai e volta”, explica o médico.
– Sangramentos
“No decorrer de 15 dias a um mês da transmissão, podem ocorrer pequenos sangramentos, hemorragias, porque quando o calazar vai evoluindo, há diminuição na produção de plaquetas e leucócitos”, disse.
– Perda de peso e desnutrição
“A pessoa perde peso, apresenta sinais de fraqueza e pode ser confundido com anemia e mal estar”, diz o infectologista. “Também há sinais de desnutrição, perda de massa muscular e os cabelos quebradiços ficam quebradiços”, alertou.
– Pneumonia
Em estágios mais avançados, ocorre a pneumonia. “Esse quadro pode levar a óbito”, destacou Marco Aurélio.
– Quadro depressivo
“A pessoa também pode apresentar sinais de depressão. Os sintomas passam após o tratamento do calazar”, explicou.
Relatos dos sintomas
O médico ainda explica que é importante relatar ao profissional de saúde todo o histórico dos sintomas e não tratá-los isoladamente. “Por exemplo, o paciente não deve relatar apenas o sangramento que ocorreu, mas informar todos os sintomas que ele sentiu antes ou depois”, disse. Ao desconfiar da doença, o profissional deve fazer exames completos. “Assim, ele identifica s eu baço e o fígado estão aumentados.
Conhecendo e evitando a doença
A Leishmaniose Visceral é uma doença infecciosa sistêmica e, se não tratada, pode levar a óbito até 90% dos casos. É transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado. No ambiente urbano, os cães são a principal fonte de infecção para o vetor.
“Todo ano, nosso estado apresenta entre 50 e 80 casos. Mas a gente pode ajudar a controlar não deixando lixo, principalmente com matéria morta dentro de casa, não ter galinheiros muito próximos à residência, porque atrai o mosquito e aumento o risco da picada. Também é importante que a vigilância sanitária de cada rehoão faça buscar para identificar cães doentes. Além disso, o próprio dono deve levar os animais ao veterinário”, completou o infectologista.
por Jéssica França
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