Obstetra da MNSL orienta sobre cuidados na gravidez de alto risco

Doutor Márcio Vinícius esclarece, ainda, que a gravidez é chamada de alto risco quando existe alguma intercorrência materna ou fetal que pode implicar em alguma complicação para o curso de uma ou de ambas as partes (Foto: SES)

De portas abertas a toda a sociedade, por 24h, a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), gerida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) é programada para atender em alta complexidade, prestando assistência aos pacientes de alto risco que dão entrada na unidade que é reconhecida como referencial em saúde, promovendo a vida e conhecimento para a assistência ao bebê de alto risco, qualificando a assistência ao parto e nascimento. Os dados estatísticos da maternidade apontam que em 2017, foram admitidas 7.517 gestantes na unidade, Já no ano passado, foram internadas 7.274 mulheres para atendimento de alto risco.

A MNSL é referência em gestação de alto risco, situação em que a gestante ou o bebê apresentam alguma doença que aumenta as chances de uma evolução desfavorável “Hipertensão e diabetes ou qualquer patologia que a mãe tenha antes de engravidar, são fatores que promovem uma gravidez de risco. Isso, associado à  idade da gestante e alguns de seus hábitos, também podem ocasionar problemas para a mãe e o bebê. Portanto é necessário cuidado na gravidez”, informa o médico obstetra Márcio Vinícius Carvalho Alves, responsável pela enfermaria de patologia obstétrica da MNSL.

Ele ressalta que algumas doenças se desenvolvem durante a gravidez e podem comprometer seu curso se não forem controladas, como é o caso do diabetes gestacional e da doença hipertensiva específica da gestação (DHEG), “Essas doenças são caracterizadas pelo aumento súbito da pressão arterial. Elas costumam aparecer especialmente na segunda metade da gravidez, o que pode fazer com que uma gestação que comece de risco habitual seja promovida ao alto risco”, disse o médico.

Alto risco

Doutor Márcio Vinícius esclarece, ainda, que a gravidez é chamada de alto risco quando existe alguma intercorrência materna ou fetal que pode implicar em alguma complicação para o curso de uma ou de ambas as partes. “Esse fato pode ocorrer quando após exames médicos o obstetra verifica que existe alguma probabilidade de acontecer a doença ou morte da mãe ou do bebê durante a gravidez ou na hora do parto”, atentou o médico.

Ele adverte sobre os ricos do bebê e exemplifica com a possibilidade de uma paciente que venha a romper a bolsa prematuramente, e nesse caso, o bebê corre o risco de nascer prematuramente, sendo essa uma situação complicada para o feto e para a mãe que pode desenvolver infecção e aquela gestação que inicialmente era habitual, passa a ser de alto risco pela possibilidade de infecção materna e pelo trabalho de parto prematuro fetal.

“De uma maneira geral, pacientes que tenham uma doença antes de engravidar precisam de uma assistência especial para que esta gestação não venha a se complicar em decorrência de doenças como hipertensão, diabetes, lupos ou algum problema cardíaco. Outras pacientes podem ter uma gestação normal e pode ocorrer uma intercorrência na evolução da gravidez”, explicou o médico obstetra.

Márcio deixou claro que a melhor idade para se ter um filho, segundo a literatura é entre 18 e 28 anos, “Mas isso não cabe mais na realidade atual, já que a maioria das mulheres têm uma vida profissional ativa e só se consideram aptas a gestar depois que elas já tenham independência. Com esse panorama a idade gestacional costuma se modificar e as mulheres optam por ter filhos bem mais tarde. “Geralmente elas ultrapassam essa idade, e devido à tecnologia, a gravidez de risco acontece após os 35 anos”, disse o médico.

Boa parte dos médicos recomenda que a mulher seja mãe por volta dos 20 e 30 anos, fase da vida em que ela é mais fértil. Com o avanço da idade, a produção de óvulos diminui e a dificuldade de engravidar aumenta. Após os 40 anos torna-se mais difícil engravidar naturalmente, pois há uma menor quantidade de óvulos disponíveis, também há um aumento discreto do risco de aborto espontâneo e má formação, já que alguns óvulos mais maduros podem possuir defeitos de cromossomos.

O pré-natal quando seguido conforme preconizado, ou seja, as consultas mensais e exames, consegue tratar corrimentos, infecção urinaria e evitar que a gestante tenha uma  prematuridade. “É importante fazer um exame morfológico fetal e detectar uma má formação desse feto. A ultrassom com Doppler é a mais pedida pelos médicos, por ela acompanhar o fluxo de sangue da placenta para o bebê. Há exames que ofertam a possibilidade da mulher evitar uma eclampse, ou ainda diagnosticar uma diabete gestacional cedo e tratar para que não se torne complicado”, orientou o médico Márcio Vinícius.

Risco e prevenção

Sangramento pela vagina, contrações uterinas antes do tempo, verter fluído amniótico antes do tempo, não sentir o bebê se mexendo mais de um dia, vômitos e náuseas frequentes, tonturas e desmaios , dores ao urinar. Para que tudo corra bem busque uma alimentação adequada, prática de atividades físicas (quando não houver contraindicação) e o principal: um pré natal bem feito, consultas frequentes, exames conforme preconizado ( consultas mensais até 34 semanas de gestação, quinzenais até 37 semanas e semanais até o parto), seriam em torno de oito consultas durante todo o pré-natal.

Fonte: SES

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