O presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Sergipe (Sindppen), Wesley Alves, informou nesta sexta-feira, 9, que a categoria está frustrada por não ter sido incluída pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) no Plano Estadual de Vacinação das forças de segurança e salvamento contra à Covid-19.
“O Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Saúde, não nos chamou para a reunião que contou com a participação dos demais representantes das forças de segurança e salvamento do estado. A verdade é que a categoria foi esquecida”, lamenta Wesley Alves.
Ainda na visão de Alves, os policiais penais possuem respaldo legal para integrar o grupo prioritário estabelecido pela nova norma técnica do Ministério da Saúde. “Os policiais penais estão incluídos nas forças de segurança de Sergipe por meio da promulgação da Emenda Constitucional nº 54/2021. Dessa maneira, temos o direito de receber a vacina. Além do mais, os policiais penais atuam custodiando, revistando e escoltando internos acometidos pelo vírus da Covid-19, nos pavilhões adequados e nas unidades hospitalares, assim como revistando os visitantes nas unidades prisionais”, destaca o presidente do Sindppen.
Wesley diz ainda que já encaminhou um ofício junto à Secretaria de Estado da Justiça (Sejuc) e o órgão reconheceu o direito da categoria de receber o imunizante. “Mas, até agora, não há uma posição concreta sobre a vacinação da categoria”, lamenta. “Se até a próxima segunda-feira, 12, não obtivermos uma resposta, faremos uma assembleia para orientar os policiais penais a não mais transportarem os detentos. Iremos pedir que eles sejam substituídos por outros policiais que foram vacinados”, destaca o sindicalista.
SES
Em nota, a SES afirmou que os policiais penais não estão inseridos dentro dos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde como trabalhadores das forças de segurança e salvamento.
“De acordo com nota técnica do governo federal, o Ministério da Saúde enviará doses, de maneira escalonada e proporcional, para a vacinação dos seguintes profissionais, ordenados por prioridade:
• trabalhadores envolvidos no atendimento e/ou transporte de pacientes;
• trabalhadores envolvidos em resgates e atendimento pré-hospitalar;
• trabalhadores envolvidos diretamente nas ações de vacinação contra à Covid-19;
• trabalhadores envolvidos nas ações de vigilância das medidas de distanciamento social, com contato direto e constante com o público, independente da categoria”, escreveu em nota.
Por fim, a SES salienta que “os policiais penais estão contemplados nos grupos prioritários da quarta fase do Plano Nacional de Imunização junto com os professores”.
Por João Paulo Schneider
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