A Prefeitura de Aracaju já está com os dados para a formulação do primeiro Levantamento Rápido do índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de 2020. Por intermédio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a coleta de amostras e análise foi concluída em todos os bairros da capital num trabalho intensificado que foi desenvolvido durante cinco dias. Ao longo do ano são apresentados seis levantamentos.
O primeiro LIRAa de 2020 tem uma especificidade com relação aos demais. É nele que a gestão terá o panorama do Plano de Intensificação das Ações de Combate ao Aedes aegypti, conjunto de 20 diretrizes desenvolvidas entre junho e dezembro do ano passado.
“Esse é um LIRAa muito importante porque esperamos que o índice de Aracaju se mantenha baixo, principalmente pelo trabalho de intensificação que realizamos no ano passado, uma preparação para o verão. O nosso foco é a prevenção e, nesta perspectiva, levando em consideração as ações massivas e constantes que vêm sendo realizadas, acredito que teremos bons resultados”, afirma o gerente do Programa Municipal de Controle do Aedes aegypti da SMS, Jeferson Santana.
Além do panorama, esse levantamento tem outra peculiaridade, como ressalta Jeferson. “Entramos no verão e é neste período do ano que devemos ter ainda mais cuidado com o mosquito. Em temperaturas mais elevadas, ele se desenvolve mais rápido, indo do ovo à fase adulta em cerca de sete dias, ou seja, temos um tempo curto para evitar que se desenvolva e transmita doenças. No inverno, com o tempo mais frio, a larva se desenvolve em 15, 20 dias, ou seja, nos dá um tempo maior de ação de combate”, esclarece.
Realizado a cada dois meses, o LIRAa tem como fase inicial a coleta de amostras de bairro em bairro, trabalho desenvolvido pelos agentes de endemias. No bairro Santos Dumont, por exemplo, os trabalhos são coordenados por Neverton de Oliveira Santos, que explica como os agentes atuam.
“Fazemos a contagem de cada quarteirão, dividimos as equipes de agentes para realizar a busca ativa dos focos. Visitamos casas, logradouros, terrenos baldios, ferros-velhos e temos como objetivo encontrar as larvas. O nosso papel principal é orientar a população para que ela entenda que tem fundamental importância no processo de prevenção. O combate ao mosquito começa dentro de casa”, salienta o coordenador.
Coletadas as amostras, a coordenação de cada bairro as envia para a SMS. “Em seguida, enviamos para o laboratório do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que vai confirmar se realmente são do Aedes aegypti ou de outro mosquito. Depois é só questão de consolidar dados, colocar no sistema, enviar os dados para o Ministério da Saúde e para o Governo do Estado. Assim que encerra, em poucos dias, temos o resultado pronto e, então, o índice de infestação na capital”, explica Jeferson Santana.
Cenário de 2019
Com ações planejadas, a Prefeitura de Aracaju atuou durante todo o ano de 2019 no combate ao Aedes aegypti e, assim, tornou a capital sergipana resiliente às infestações das doenças transmitidas por esse mosquito. Além de dar continuidade ao trabalho desenvolvido nos dois anos anteriores (2017 e 2018), a gestão municipal intensificou ainda mais as ações a partir de junho, o que fez com que a capital chegasse ao último levantamento do ano com índice de 0,9.
Aracaju faz o levantamento seis vezes por ano, o dobro do número exigido pelo Ministério. Os resultados de cada LIRAa apontam os bairros com maior índice de infestação, norteando as ações que serão desenvolvidas pelo Programa Municipal de Controle do Aedes, ao longo do ano. Com base nos números, também é possível intensificar o combate ao mosquito.
Fonte: PMA
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